30 de abr. de 2014

VOCÊ, OS EVENTOS DA VIDA E O ICEBERG

ABRAHAM SHAPIRO

Um iceberg é um enorme bloco de gelo que se desprende das calotas polares. Há muitos deles espalhados pelos oceanos e representam um enorme perigo à navegação, especialmente por um fato curioso: o que se vê de um iceberg geralmente é menos de dez por cento de seu tamanho real. O restante, cerca de 90% de sua massa, permanecem submerso nas águas. É exatamente por isso o dito popular de “tal coisa ou outra é apenas a ponta do iceberg" sempre que a situação real é  maior do que aparenta ser.
Os fatos da vida têm muito a ver com esta ilustração.
Quase sempre nos detemos à interpretação dos acontecimentos apenas ao que é visível ou percebido pelos nossos sentidos. O oculto fica fora do foco de nossa visão, é claro. Assim, vamos somando interpretações parciais e desenvolvendo crenças de que nossas análises estão integralmente corretas. E então, vamos, aos poucos, nos convencendo de que o mundo é injusto ou errado só por não concordar com o que pensamos a  respeito destes fatos.
Mas talvez você não saiba. A ciência investigou e demonstrou que o nosso cérebro não sabe diferenciar entre o que vemos e o que lembramos. As mesmas redes neurais específicas são as que entram em atividade quando olhamos um quadro ou, passado um tempo, nos lembramos dele. Não distinguimos entre uma situação e outra.
Cabe aqui a seguinte pergunta: “O que, de fato, é a realidade? Será aquilo que vemos com os olhos ou o que processamos no cérebro?”
Se quisermos viver bem e com qualidade, é preciso compreender que os eventos são a realidade objetiva da vida,  porém, o que nos afeta é modo subjetiva como os encaramos. Isso depende tanto do acervo que está registrado na nossa mente, como do propósito e razão que queremos dar a esses eventos.
Dai, a árvore que um sábio vê não é a mesma árvore que um tolo vê.
Nós todos, sem exceção, temos o poder de recriar a realidade a fim de sermos melhores ou de destilar o melhor do mundo e de tudo o que ocorre à nossa volta. É o que disse William Blake, o filósofo inglês: “Não vemos com nossos olhos, mas através deles”, ou a sabedoria do Talmude: “Não vemos o mundo como ele é. Nós o vemos como somos!”
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

29 de abr. de 2014

ENTREVISTA COM ELIE HORN - CYRELA BRAZIL REALTY

ABRAHAM SHAPIRO


Elie Horn é um dos empresários de maior sucesso no setor de construções do país. Ele é diretor presidente da Cyrela Brazil Realty.  Em uma de suas raras entrevistas à imprensa,  fez revelações importantes e que merecem ser analisadas e aprendidas.
Fiz um apanhado geral de suas falas mais significativas e as publico a fim de que meus leitores e ouvintes façam bom proveito.
Vamos à seleção:
1.      A chance de quebrar a cara numa época de crise é muito maior do que a de ganhar com ela. Por uma questão de sensatez, o melhor é ficar quieto. Aprendi que a melhor maneira de lidar com esta situação é se recolher, esperar as coisas acontecerem e sobreviver. Se você sobrevive, consegue ganhar depois. Se não sobrevive, não vai ganhar nunca. O negócio é pensar que o melhor lucro será o lucro futuro, e não o presente.
2.      Aprendi a apanhar, calar a boca e não ter orgulho. Talvez seja a maior lição que uma crise traz para todos. Em geral a humanidade é arrogante. Mas uma crise faz todo mundo pagar o preço. Teve gente que pagou muito no passado. Outros pagaram pouco, mas todo mundo pagou. Quando a crise de 2008 começou, ouvi palestras e conversei com uns 100 especialistas. A verdade é que ninguém conseguia prever nada. E nunca consegue. Para mim, é uma lição divina para a humanidade, que diz: "Fique mais quieto, não seja arrogante, seja mais humilde, não pense só no lucro".
3.   É preciso cortar custos, aprender a trabalhar com metas menores de crescimento - aliás, muito menores. Vou falar um negócio estranho: se você lançar muitos produtos pode quebrar a cara. O meu negócio na área de construção por definição tem fluxo de caixa negativo. Se amanhã faço um prédio e vendo tudo, mesmo assim o fluxo de caixa será negativo. Terei de comprar um terreno, fazer o lançamento, arcar com despesas comerciais, tocar a obra e no começo o dinheiro que recebo é menor do que o dinheiro que gasto.
4.     Por isso, eu monitoro o caixa o tempo todo. Normalmente quando uma crise chega, ela vem muito rápido e ninguém está preparado para paradas bruscas nas vendas. Num mês, vendas absurdas. De repente, a crise derruba as vendas pela metade de um dia para o outro.
5.    Quando tem crise, a gente para, fica bonzinho. Quando tem boom, a gente acelera. Não quero ir contra a crise, não quero ser herói de causas perdidas. Não adianta falar agora: "Vou vender de qualquer maneira". Quem diz isso é ignorante ou estúpido. Em toda crise falta dinheiro, falta demanda. Fazer o quê? A prioridade, nestas horas, é preservar o nome, a honradez, a empresa.
6.    Para as pessoas que trabalham comigo é sempre muito difícil entender uma crise, é um inferno. A luta interna é muito pior do que a externa. As pessoas não conseguem entender o cenário macro. Lá fora havia sintomas da crise desde julho de 2007. Os sintomas americanos estavam muito claros, e o fato de mantermos contato contínuo com economistas, analistas e banqueiros que vêm todo dia aqui fez com que percebêssemos o que ia acontecer. Não sabíamos com que intensidade nem com que rapidez, mas sabíamos que a tempestade chegaria. Quanto mais perto a crise chegava, mais eu me dedicava a entendê-la. Mas valeu a pena. Se amanhã ficar claro que erramos um pouco nas previsões, podemos até perder um pouco de participação de mercado. Mas é melhor perder mercado do que perder as calças.
7.   Tudo o que a empresa faz hoje tem relação com o conceito de perenidade. Estou com 64 anos. Trabalho para que a empresa sobreviva 1 000 anos. Hoje mesmo tivemos uma reunião estratégica na qual discutimos como a empresa vai sobreviver às crises que virão no futuro.
8.      Recentemente, a Cyrela divulgou a previsão de resultado do quarto trimestre. O mercado reagiu mal e as ações caíram 5% em apenas um dia. Sabe como é que o senhor lidar com esse tipo de pressão? A primeira vez em que o namorado pega na sua mão da namorada, ela sente uma emoção forte. Na segunda vez, aposto que não é a mesma coisa... E depois, vai sendo cada vez diferente... Com os analistas é a mesma coisa. Na primeira vez em que eles falam sobre sua empresa você vai atrás. Hoje já não presto muita atenção nisso, caso contrário mataria a empresa. É preciso olhar as reações do mercado com bom senso para que a companhia se preserve. Os números de vendas caíram - e era natural que isso ocorresse. Quero saber quem é o herói que consegue vender mais na crise. Eu não sei como se faz isso. Quero aprender. Se você me ensinar, agradeço.
9.      Trabalho seis dias por semana, numa média de 15 ou 16 horas por dia. Durmo 5, 6 horas e acabou. O resto é trabalho. Isso tem sido minha rotina há 46 anos. Aos sábados, eu paro. É uma bênção, porque é o único dia em que sou obrigado a parar. Aos sábados, leio, me espiritualizo, converso e passo meu tempo em casa. É o único dia em que estou livre, em que não sou escravo. Nos outros dias da semana sou escravo, no bom sentido. Domingo é dia de produção normal.
10.  Não revelo meu ponto fraco pra ninguém. Não posso. O importante é não repetir os nossos erros. Errar é humano, perseverar no erro é diabólico. Se você repete um erro, você é burro.
11. Quando um negócio não dá certo, calo a boca, tento aprender com os erros e faço outra coisa. Estou acostumado a perder e seguir em frente. Se não for humilde, vou apanhar mais. O humilde sofre menos porque está acostumado a apanhar. Tive uma aula de religião muito boa ontem. Sabe o que eu aprendi? “O que é este mundo? Por que Deus o criou? A resposta, em uma palavra, é: teste. Sou testado o tempo todo como homem, pai, marido, empresário, construtor. O teste consiste em evoluir, cada um na sua profissão, e deixar o mundo um pouco melhor do que quando chegamos a ele. Deus criou o homem imperfeito de propósito, para que ele possa melhorar o mundo. Se você acerta mais do que erra, você já evoluiu. Se for o contrário, você é um desastre.
12. O tipo de executivo que eu gosto de ter trabalhando ao meu redor? Primeiro tem de ser honesto. Depois tem de ter boa índole e ser trabalhador. O mais importante é o caráter. A inteligência vem depois. E tem de vestir a camisa da empresa.
13.  Deus cria seres diferentes, com credos diferentes, para cada um, no fim, chegar a Ele à sua maneira. Acredito em Deus e na missão humana. Qual a minha missão nesta Terra? Primeiro, fazer o bem. Grande parte do meu patrimônio, não vou dizer quanto, irá para a caridade. Meu pai doou 100% do que tinha. Como isso dá um significado ao trabalho? Eu posso transformar o produto do trabalho em dinheiro e depois usar o dinheiro para ajudar pessoas menos favorecidas. O dinheiro pode ser santificado, quando ajuda a salvar pessoas.
14.   Estamos aqui com a missão de ligar o espiritual ao material. Na hora em que você ganhou um tostão e esse tostão ajuda a salvar uma criança, você santificou e dignificou o dinheiro fruto de seu trabalho. Nessa hora, tudo o que parece ser egoísta deixa de ser.
15. Hoje, Bill Gates e Warren Buffett são os maiores heróis do empresariado e da filantropia. Eles deram o exemplo de como as coisas têm de ser e conseguiram unir as duas coisas. Ainda não está claro o que eu vou fazer. Parte da minha missão é fazer com que o homem se aproxime mais de Deus. Hoje ser crente está um pouco fora de moda, mas isso está errado. A gente não pode ter vergonha de acreditar em Deus. Se todos os homens fossem mais religiosos e respeitassem a ética e o bem, não haveria tanta violência no mundo, nem maldade nem pobreza. O que precisamos é fazer com que isso aconteça. Não é tão fácil, não é tão óbvio e não está na moda também. Mas essa é a nossa missão.

______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

28 de abr. de 2014

MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

ABRAHAM SHAPIRO


FOLHA DE LONDRINA, 28 de Abril de 2014 - Diferenças na empresa podem ser de gerações, de interesses, de necessidades, de expectativas, e mais umas cem ou mil outras.
Muitas vezes elas geram conflitos. Mas também podem ser uma fonte de criatividade, de oportunidades ou de mudança para se conseguir maior produtividade. Depende muito do modo como se lida com elas.
Das tantas oportunidades de resolver conflitos em empresas, acabei atraído por isto. Os resultados são gratificantes, mesmo havendo situações em que não se alcançou o alinhamento entre os sócios ou gestores envolvidos devido a intransigência extrema.
A técnica mais prática para se colher resultados é chamada  "mediação". Trata-se de um processo não judicial – vez que não acaba num tribunal, mesmo quando há advogados envolvidos –, é voluntário – pois, só acontece quando os envolvidos querem  resolver suas diferenças –, ocorre em clima de cooperação – e não do confronto –, e é sigiloso.
Vamos a um exemplo. Imagine que, por uma simples laranja, dois cozinheiros entrem em conflito. Ambos querem a fruta e afirmam precisar dela como ingrediente importante de uma receita. O impasse poderia ser resolvido com a divisão da laranja em duas metades. Mas esta possibilidade não é ótima, visto que não satisfaz a nenhum dos dois em função de fornecer apenas a metade do que realmente necessitam.
Como mediar a situação? Tudo inicia sempre com boas perguntas. Que tal: “Para que exatamente vocês precisam da laranja?” Um dos cozinheiros, de repente, poderia responder: “É que eu uso o suco para um molho”. Talvez o outro dissesse: “Quero a casca para fazer um bolo”.
As respostas que eles deram apontam para um novo ponto de vista. Com base nesta diferente visão, uma única laranja poderá satisfazer os interesses de ambos, antes estavam ocultos numa postura inflexível. Agora os dois se utilizarão dos benefícios de uma fruta inteira, o que concorda exatamente com suas expectativas.
Isto é mediação de conflitos.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

25 de abr. de 2014

TEMPERAMENTO DO LÍDER: TEMPESTADE OU BRISA?

ABRAHAM SHAPIRO

O que você ganha sendo duro e incisivo?
O que você ganha quando cobra os seus funcionários a ponto de estressá-los e os fazerem se sentir perdidos quanto a como agir?
Não seria melhor optar pela compreensão sábia? Pela orientação?
Não seria melhor munir-se de toda a paciência, tolerância e diplomacia necessárias para ouvi-los, controlar o que deve ser controlado e dar o apoio necessário, sem tensão confusa?
Se as coisas já não funcionam há tanto tempo, por que não fazer diferente a partir agora? Por teimosia e orgulho? Isto não lhe cai bem. 
E você pode surpreender. A surpresa e a imprevisibilidade são itens que salientam a liderança. E isto, sim, fica bem a um chefe. Se hoje em dia você é o exemplo da personalidade explosiva e que nada faz além de deixar todos nervosos, pense no que conseguirá migrando para um comportamento focado, tranquilo e seguro, sem abrir mão do acompanhamento das ações de todos e da organização, que são suas prioridades.

Ninguém precisa ser mal educado para exercer controle – que é uma prerrogativa da administração.
Seja exigente, porém compreensivo. Correto, mas apoiador. Firme, porém, dócil e sábio.
Mantenha o nível da voz aos padrões do respeito e da consideração, com inteligência.
Se um trovão traz pânico e medo sobre o homem, a brisa suave refrigera a alma e alegra o coração. Lembre-se disso ao moldar o seu modo de atuar sobre a sua equipe de trabalho, e então os seus resultados serão outros. Não tenho dúvida! Prove, e você também não terá!
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

24 de abr. de 2014

COMO IDENTIFICAR O SEU CLIENTE MAIS IMPORTANTE

ABRAHAM SHAPIRO

Nem sempre o cliente mais importante estará diante dos seus olhos. Além disso, clientes importantes não são os que geram a maior parte da receita, mas aqueles que podem criar mais valor para o seu negócio.
Para algumas empresas o cliente mais importante é o consumidor final do produto ou serviço. Para outras, talvez seja um intermediário revendedor, distribuidor ou corretor.
A meta é você estar consciente de que é para os clientes principais que deverão ser dedicados os recursos que irão fortalecer as vendas.
Darei agora quatro dicas que lhe ajudarão a identificar o seu cliente principal:
1ª.  Identifique o grupo de clientes que melhor se enquadra à cultura da sua empresa. Selecione os que mais combinam com as suas capacidades atuais e representam o maior potencial direto e indireto de lucro.
2ª. Este grupo, que ora chamamos de “cliente principal”, é o que mais valoriza o seu negócio através de suas compras e preferência. Então, estude seus comportamentos e hábitos de consumo.
3ª. Adote o modelo de negócio que melhor satisfaça s necessidades e preferências destes clientes. Eles vão adorar e comprar mais vezes de você.
4. Finalmente, certifique-se de ter indicadores confiáveis que identifiquem as mudanças que forem necessárias, a hora de promovê-las e uma boa avaliação da satisfação dos clientes após implantá-las.
Não adie a análise que irá apontar o cliente principal da sua empresa. Do contrário, você continuará na ilusão de que a sua amplitude de vendas é maior do jeito que está, quando não é.
Você poderá sobreviver por algum tempo se continuar assim. Mas enquanto não fizer a lição de casa de focar do modo correto sobre quem, de fato, é o seu cliente, o risco de ser jogado para escanteio cedo ou tarde por concorrentes que identificam o cliente principal e criam um modelo de negócio que satisfaz suas necessidades em primeiro lugar será grande, e cada vez maior.
Administrar esta situação poderá ser difícil demais.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

23 de abr. de 2014

CLIENTES: O CASO DO YAHOO E DO GOOGLE

ABRAHAM SHAPIRO

O empresário que pensa ou deseja que o mundo inteiro seja seu cliente é presunçoso. Se você pensa assim, mude. Rápido!
Caso você não identifique o seu cliente principal sabe o que lhe acontecerá? Qualquer um vai logo saber que essa conversa de “foco no consumidor” é uma grande lorota. E, na realidade mais nua e crua, a sua empresa será qualquer coisa, exceto “focada no cliente”.
Só está “focado no cliente” aquele que sabe quem é seu cliente principal e atua sobre ele com dedicação e esforço concentrado a fim de conhecê-lo, descobrir as razões porque ele compra e atendê-las objetivamente. 
Apresento a seguir o interessante caso do Yahoo – empresa de conteúdo e busca da Internet.

O Yahoo começou como um portal de internet de base muito ampla, apoiado por conteúdo editorial próprio. Contratou jornalistas para escrever artigos de entretenimento e criou seções como Yahoo Finanças, Yahoo Filmes e Yahoo Esportes. Para quê? Atrair usuários, é claro.
Com o tempo, porém, seus executivos começaram a diversificar aleatoriamente. Investiram recursos em redes sociais, produtos vários, mídia e publicidade. A partir daí, como acontece sempre que os investimentos são pulverizados, faltou recurso para o serviço de busca – que era o objetivo inicial.
Resultado?  O portal se tornou confuso e desorganizado.
Então, o Google enxergou a brecha que se abriu, e entrou em campo. Destinou a maior parte de seus recursos e prestígio a seus engenheiros e tecnólogos. Deu-lhes liberdade para inovar, tendo como alvo os usuários que apreciavam tecnologia. Seus técnicos, capacitados para a criação de novas ferramentas, tinham como meta construir a melhor tecnologia do mundo em mecanismo de buscas, mapas e outras oportunidades que surgiriam de acordo com as necessidades dos usuários.
Veja o que um modelo de negócios e uma proposta de valor focada podem fazer.
O Google ultrapassou o Yahoo rapidamente. E como esse mercado é dos mais competitivo, a situação do Yahoo se complicou. Até agora!

Conclusão: escolher estrategicamente quem é o seu cliente principal é um artifício que conceitua e define o seu negócio... do começo ao fim. E meus votos pessoais são de que jamais tenha fim, mas prospere!
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

21 de abr. de 2014

O MUNDO INTEIRO NÃO PODE SER O SEU CLIENTE

-
Sem definir quem é o seu cliente, “foco no cliente” é uma expressão sem sentido algum.

ABRAHAM SHAPIRO


FOLHA DE LONDRINA, 21 de Abril de 2014 -  Você assiste às novelas da tevê? Quase todo mundo diz que não​,​ m​as assiste. Talvez seja politicamente incorreto ver novelas. Então as pessoas assistem, porém negam.
Empresários também ​afirmam que suas estratégias têm foco no cliente. E cá entre nós o tal de “cliente” é o conceito mais confuso em toda a teoria de gestão.
O que é um cliente?
Uma das respostas entre tantas possíveis diz que clientes são pessoas ou entidades que compram os seus produtos e serviços, e geram a sua receita. Estão contados aí: consumidores, atacadistas, varejistas, departamentos de compras e todos os que participam da cadeia de valor da companhia. Em miúdos: toda a população do planeta!
Fofinho, não acha? E surreal​ também.​
Os clientes mais importantes de uma das gigantes farmacêuticas mundiais, a Merck, não são os pacientes que usam seus remédios, nem os médicos que os receitam. Em vez disso, a Merck escolheu cientistas de laboratórios e universidades ao redor do mundo como seu cliente principal.
O Modelo de Negócios Merck consiste em encorajar seus próprios pesquisadores a atuar como cientistas em universidades. Eles realizam pesquisas, publicam artigos e apresentam em conferências os resultados obtidos.   A meta é eles descobrirem compostos inovadores que poderão, então, ser comercializados pelo marketing e vendas da Merck. Com isso, os maiores recursos da empresa são investidos numa poderosa e centralizada unidade de pesquisa e desenvolvimento.
Eu não estranho os executivos que temem decidir quem são os verdadeiros clientes de seus negócios. Seu medo é que isso comprometa resultados. No entanto, eles ​deviam saber que toda empresa bem posicionada já cumpriu a difícil tarefa de definir com clareza seu público alvo, e dentro deste conjunto, quem é seu cliente.
​​Por que ​isso ​é tão importante​, afinal​? Facilita a comunicação, objetiva a estratégia e, pela economia, proporciona ​os ​ melhores resultados​ qualitativos e quantitativos à organização​. ​
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

18 de abr. de 2014

SER E ESTAR PARA DECIDIR

ABRAHAM SHAPIRO


Ontem uma amiga muito querida me perguntou: "Você prestou algum serviço para o fulano de tal?". Eu disse: "Sim. Foi breve. Fiz uma avaliação de como andavam seus negócios e predisse que se ele não implantasse algumas ações com muita disciplina, acabaria mal".
E ela: "Pois é. A empresa está numa péssima fase. E ele fez críticas duras a você. Pra mim está claro que é justamente por você ter predito o que iria acontecer".
Eu respondi: "Depois de tudo, eleger-me culpado pelo que ele mesmo não fez é até previsível. Achar um bode expiatório é a saída predileta dos incompetentes. Mas, francamente,  o que eu queria mesmo é vê-lo gerir a empresa conforme eu o orientei, pois isto seria a solução!"
Eu já me habituei com o caráter de algumas pessoas. O tipo em que se classifica este empresário especificamente, age sempre assim: entra num negócio achando que tudo irá bem o tempo todo. Porém, nada nesta vida transcorre sem problemas. Quando as contrariedades começam, ele fica paralisado, sem ação.  Outras vezes, atua com maus procedimentos e não se dispõe a livrar-se dos obstáculos.
É uma pena, porque um gestor que se preze, deve ter a mente aberta e estar assim para ideias, análises, previsões, e, depois, para concluir por si mesmo qual caminho tomar.
Em qualquer empresa, quem mais ganha são as pessoas que mais decidem.
Se um gestor – seja ele gerente, supervisor ou diretor – não tem capacidade de decidir bastante aprimorada, ele está na função errada.   Ou aprende o que deve para fazer isto, ou desiste da posição e assume um posto menos importante.
É por razões como todas estas que quando atuo como mentor de herdeiros e sucessores de empresas familiares  insisto em que eles tenham para si qualificações tais que superem aquela tradicional, típica e lamentável: “O meu pai é o dono da empresa”.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

17 de abr. de 2014

O VENDEDOR DE GURDA-CHUVAS

ABRAHAM SHAPIRO


Feira livre de domingo. Chove fino e sem parar. Entre os compradores que circulavam, um rapaz carregava uma grande variedade de guarda-chuvas dependurados por todo o corpo. Eu procurava por alguém que os vendesse porque um dos meus esportes favoritos é esquecer meu guarda-chuva por onde passo.
- "Quanto é o guarda-chuva, meu rapaz?"
- "Vinti riáis"...
Notei o sotaque. E os traços eram inconfundíveis.
- "Desculpe-me perguntar, de onde você vem?"
- "Do Líbano" - ele responde.
Ele já havia vendido 40 guarda-chuvas até as 9:00 da manhã. E tinha outros 60 em seu carro. Creio ter "escoado" todo seu estoque até o meio dia.
E eu pensei: "Está explicado porque só ele está vendendo bem hoje! Em uma só palavra: oportunidade"
Fenícios, povos dedicados ao comércio marítimo
O Líbano é o histórico território dos fenícios – cultura que floresceu desde 2.700 antes da Era Comum. Foi um povo que se destacou como mercador por terra e mar. A eles também é atribuída a organização e difusão do primeiro alfabeto.
Sua sabedoria em navegação, por exemplo, chegou ao ponto de historiadores dizerem que o Brasil foi visitado por navegadores fenícios na Antiguidade. Há registros em inscrições e artefatos fenícios encontrados nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. 
Encontrou-se também de registros de viagens das frotas do rei fenício Hirão e até mesmo do rei Salomão, o rei dos Judeus e considerado o mais sábio dos homens, ao rio Amazonas, por volta do ano 950 A.E.C.
Por essas e muitas outras fica bem explicada a perspicácia daquele jovem libanês, que se chamava Salim.
Como competir com quem está há 4 mil anos à frente na técnica da compra, venda e negociação de bens?
Mas algo merece ser dito: sem força de vontade, disciplina e visão de oportunidade, herança histórica alguma paga as contas de quem quer que seja.
O que a história realmente legou aos libaneses, descendentes diretos dos antigos fenícios, foi, acima de tudo, muita dignidade e coragem para lutar em favor do progresso e da conquista pessoal.
Aos irmãos libaneses, nossa homenagem mais sincera!
 ______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

16 de abr. de 2014

VÍDEO: "O PORCO E A POUPANÇA"

-


Mais um vídeo do programa PROFISSÃO ATITUDE na MultiTv Cidades Londrina está no ar. A Labor - Trabalho Temporário é a nossa patrocinadora oficial.

O PORCO E A POUPANÇA traz um pouco de curiosidade sobre a arte de poupar.

Basta clicar na foto abaixo e assistir.




Clique na foto para assistir

"O HOMEM É BOM E TUDO, MAS..."

ABRAHAM SHAPIRO


Eu estava no café. Aguardava um cliente. Havia um grupo de homens na mesa ao lado. Eles conversavam sobre empreendimentos imobiliários. Eram cinco.
Após várias teses que cada um defendeu, pareceu-me terem chegado a um consenso. O café foi servido. Todos tomaram. Então, um deles pediu licença, levantou-se, despediu-se de modo respeitoso e foi-se embora.
Logo após sua saída, um dos quatro que permaneceram disse aos demais:
- “Ele é um bom sujeito e tudo. Mas é complicado. Se a gente não for firme, ele vai passar a gente pra trás!”(sic)
Eu fiquei pensando: esta pequena frase acaba de denegrir a imagem do pobre homem que saiu. Isso funciona da seguinte forma: toda vez que eu e/ou você dizemos: “O fulano é bom, é honesto, é trabalhador... maaaaaas.....”, absolutamente tudo o que for dito após este “MAS” é o que ganhará destaque na audição e na mente do seu interlocutor. No caso do discurso daquele homem, a expressão com que ele abriu sua fala: “Ele é um sujeito bom e tudo...” deixou de ter qualquer significado em função do que foi dito depois da conjunção “mas”.
“Mas”, “contudo”, “no entanto”, “porém” e toda expressão adversativa têm o poder de chamar a atenção toda para si. Elas atuam como um sinal que inspira cautela.
Além disso, é falsa bondade fazer considerações positivas como fez aquele homem na introdução de seu breve discurso. Ficou claro que não havia intenção alguma de falar bem, e sim, apenas de despertar nos demais o sentimento de atenção redobrada sobre o caráter de quem ora se falava.
Teria sido diferente se ele tivesse mostrado um ponto de vista realmente positivo, como, por exemplo: “Ele é um bom homem e bastante correto em tudo o que faz. Eu negociei com ele e observei que seus métodos são difíceis de se absorver. Por isso, eu convoquei esta reunião a fim de afastar qualquer complicação e os senhores tirarem suas próprias conclusões!”
Mais palavras teriam sido ditas, e o bem teria prevalecido sobre o mal. A boa intenção ficaria declarada por meio de uma visão realista, e não a maledicência!
Ser correto deveria ser o alvo de todas as partes envolvidas num negócio, junto de justiça e  clareza.
Se isto lhe atrai, evite usar o “mas” ou o “porém” da maneira como comentamos. Adote esta orientação e esforce-se – como eu tenho me esforçado nisso. Você verá que mais pessoas tenderão a crer nas suas colocações com facilidade e sem qualquer dúvida ou temor.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

15 de abr. de 2014

O E-MAIL DO FRANCISCO E A DIFICULDADE DE VIVER PRINCÍPIOS

ABRAHAM SHAPIRO


O Francisco é um "cliente" assíduo dos nossos programas sobre gestão no rádio e na TV. Ele mandou um e-mail expondo a seguinte situação:
“Sr. Shapiro,
Tenho acompanhado o seu programa Profissão Atitude na CBN e na MultiTv Cidades Londrina. Obrigado por dividir tantas coisas boas conosco.
O senhor falou recentemente sobre os benefícios do estudo frequente. Reconheço a diferença que faz uma pessoa ser estudiosa e que sabe aonde deseja chegar com isso. Eu gostaria de ser uma pessoa assim. Porém, apesar de ler de tudo um pouco, quase nada consigo reter daquilo que pode me dar o direcionamento para uma vida e perspectivas melhores. Resumindo, eu nado, nado, e morro na praia, infelizmente. O que eu posso fazer para conseguir?”
Prezado Francisco,
Para começar, coloque uma sabedoria à frente de tudo o que você deseja aprender. Comece por ela. “O esforço é o que traz a recompensa”.
O que você está fazendo por seus estudos pode carecer de maior nível de organização. Deixe-me esclarecer:
1. Você gostou muito de um determinado texto? Ótimo. Agora pense e planeje como colocá-lo em prática.
2. Uma ideia lhe parece boa? Que tal falar a respeito dela a seus colegas? Aprender para ensinar é uma prática que ajuda a aprender mais.
3. Acima de tudo, dê um sentido e uma razão para a sua leitura. Olhe para isso com um objetivo inequívoco, como: “Tenho de estudar porque é isso o que fará de mim um ser humano e profissional melhor”.
Na medida em que você incorporar o que aprende em seus pensamentos, eles se tornarão atitudes. E as atitudes produzirão resultados. Daí, se os resultados forem bons, confirme os pensamentos que deram sua origem. Se não, faça as correções devidas. E prossiga.
É simples. Mas não é fácil. Exige esforço contínuo, ininterrupto. E se você temperar tudo com uma razão, as surpresas positivas serão cada vez mais frequentes.
E não deixarei de repetir aquilo que é um ponto central da filosofia de vida que herdei dos meus antepassados: “Esforce-se, pois, para cada esforço existe uma recompensa!”
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

14 de abr. de 2014

UMA PRÁTICA DE SUCESSO PARA AS SOCIEDADES

Conceder o benefício da dúvida a um sócio não é fácil. E se houver agregados na gestão, a dificuldade é ainda maior.


ABRAHAM SHAPIRO

FOLHA DE LONDRINA, 14 de Abril de 2014 - Trabalhar em sociedade é uma condição sui generis. Exige caráter, disciplina e hábitos de boa educação bem mais elevados do que a maior parte de outras formas de relacionamento interpessoal.
Muita gente pratica dietas para manter a saúde ou buscam em academias de ginástica a boa forma que sonham para si.
Surpreende, porém, constatar que pouquíssimos homens e mulheres numa sociedade buscam treinamento para otimizar a relação com o sócio.  Há um mundo de práticas a conhecer para que se tenha sucesso neste modelo, e ninguém as detém por herança genética. Exatamente por isso devia ocorrer o oposto do que se vê nos empresários.
Tomemos como exemplo a cessão do benefício da dúvida.  Na prática societária, isto se traduz como a predisposição em julgar o sócio positivamente.
Suponha que eu repute o meu sócio como sujeito mal intencionado. Ao ouvir qualquer consideração sua sobre determinado assunto nada do que disser tem poder de me demover desta crença, pois eu já o julguei previamente.
Se, no entanto, eu me predispor a ser imparcial – independentemente das experiências anteriores vividas junto dele –, será possível ouvir suas ideias e refletir a respeito com discernimento e lógica.
Calcule as poderosas oportunidades que se descortinam neste cenário.  
Não é fácil, nem simples. E quando há agregados que participam da gestão, a situação se agrava. Consegue-se com aprendizagem e exercícios.  Os ganhos a quem se esforça em alcançar a arte de conceder o benefício da dúvida estão presentes no relacionamento com sócios, com a família, funcionários, fornecedores etc.
Como estas considerações se aplicam você?  Reflita sobre o seu ânimo em desenvolver em si as competências que lhe faltam para converter os seus pontos fracos em forças. Se for preciso, procure ajuda em livros ou com profissionais especialistas.
Apenas tome consciência de que nada acontecerá sem a sua mais autêntica e definitiva atitude.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

A VISÃO DE QUEM ESTUDA

ABRAHAM SHAPIRO

Certa vez alguém me perguntou:
- “Sr Shapiro, qual é a sua visão pessoal: no mundo existem mais coisas boas ou desgraças?”
Enquanto eu pensava numa possível resposta, ele disse:
- “Depende dos olhos de quem vê!”
Uau! Eu não esperava por isso. Fiquei surpreso. É realidade. Mais real até do que o próprio rei!
O bem e o mal de muitas situações da vida – tal como a beleza e a feiura, a grandeza e a pequenez, riqueza e pobreza – dependem demais do modo como se olha do que de um conceito prévio.
Pois é. Mas há um modo de se afinar isto do mesmo modo como se afinam as cordas de um instrumento musical.
Qualquer indivíduo pode se dedicar a seu exercício profissional e tornar-se melhor naquilo que faz. Se, além disso, ele se dedicar ao estudo e à análise de tudo o que faz na prática de seu dia a dia, certamente conseguirá ter maior discernimento, mais luz a respeito de tudo o que pensa e realiza.  Isto é o que abre seus pensamentos para a interpretação da realidade de modo mais profundo e pleno.
William Blake
Toda perspectiva muda completamente quando conhecimento é aliado à ação prática.
Por isso existe – e sempre existirá – e diferença entre um profissional e outro que lê e estuda com o fim de conhecer mais.
Um fato visto por uma pessoa sem conhecimentos terá impacto e consequências amplamente diferentes do mesmo fato visto por um indivíduo que estuda constantemente e se autodesenvolve, como disse William Blake, poeta e pintor inglês do século XVIII: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. E a sabedoria Judaica complementa no Talmude: “Nós não vemos as coisas como elas são, mas as vemos como nós somos”.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

13 de abr. de 2014

VÍDEO: "SAÚDE, ECONOMIA E MARMELADA"

-


O vídeo do programa PROFISSÃO ATITUDE na MultiTv Cidades Londrina está no ar, sob patrocínio da Labor - Trabalho Temporário. 

SAÚDE, ECONOMIA E MARMELADA é o tema que lhe fará pensar sobre ações simples a serem implementadas na sua empresa e carreira nos dias que antecedem uma crise econômica que se aproxima por aí.

Basta clicar na foto abaixo e assistir.

Clique na foto para assistir

10 de abr. de 2014

COMO SER O MELHOR DE TODOS

ABRAHAM SHAPIRO


Uma senhora aproximou-se do grande pianista judeu-russo Arthur Rubinstein após um maravilhoso concerto, e lhe disse:
O pianista Arthur Rubinstein
- "Eu daria a metade da minha vida para aprender a tocar assim como o senhor".
E Rubinstein de pronto respondeu:
- "Minha senhora, é exatamente isto o que eu fiz".
O guru Tom Peters aconselha: “Suar em treinamentos para não sangrar na batalha”. A que batalha ele se refere neste pensamento? À luta pela eficiência profissional, pela venda ótima, pelo atendimento pronto ao cliente, pelas práticas que provocam o retorno do cliente a comprar mais e com maior satisfação.
Sem treinamento não existe nada... nem o básico. Não há desenvolvimento, e muito menos “experiência memorável de consumo”. Ninguém faz mágica quando se trata do desempenho de pessoas.
Por mais fé e vontade que tenha um atleta, ele não consegue resultado algum sem treinar duro.
Chega a ser incômodo que para um pianista interpretar uma partitura com a melhor qualidade possível ele precise investir noventa e nove por cento de seu tempo em treinamento. A dedicação impressiona. Um concerto público representa um ou dois por cento de seu tempo total de trabalho, no máximo.
Nas melhores empresas os números são o inverso disso. Não admira que as barreiras para se vencer a competitividade sejam tão grandes e altas, mesmo havendo empresas que crescem graças à ignorância de boa parte de seu público consumidor.
Uma força de trabalho qualificada é o melhor seguro de qualquer organização contra a concorrência e os caprichos do mercado. Outras opções são imprudência, sim... ou estupidez!
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

9 de abr. de 2014

JULGAR SEM CONHECER

ABRAHAM SHAPIRO

“Uma mulher compra uma xícara de capuccino e cinco biscoitos de nata num café do shopping, e senta-se numa mesa para comê-los. Logo à sua frente está um senhor desconhecido, lendo uma revista. Ela prova o capuccino e tira um biscoito do pacote. Assim que começa a comer, o homem tira para si um biscoito do mesmo pacote.
Descrente do que acaba de ver, ela come o primeiro biscoito e pensa no que fazer em seguida.
Curiosa, ela pega um segundo biscoito. O homem, confiante, faz o mesmo, estampando um enorme sorriso no rosto. Ela se controla com muito esforço, apesar da vontade de protestar contra este cara de pau.
Com apenas um biscoito sobrando agora, ela vai novamente ao pacote. Mas o homem é mais rápido. Sem dizer nenhuma palavra, ele quebra o biscoito que sobra ao meio e oferece o pedaço a ela. A mulher está inconformada. Ela se levanta, pega sua bolsa e dirige-se rapidamente ao exterior do shopping, rumo a seu carro.
Já no estacionamento, enquanto procura as chaves na bolsa, até resmunga uma pequena ofensa. É quando seus dedos acham, ao lado do molho de chaves, o pacotinho dos biscoitos que ela havia comprado no café. Está fechado, do jeitinho que a atendente lhe deu!”
A régua com que medimos as pessoas e o nosso modo de analisar os fatos são frutos dos nossos modelos mentais ou paradigmas.
Os nossos modelos mentais nem sempre estão corretos.
Após o caso dos biscoitos, por exemplo, aquela mulher sofreu uma terrível mudança na visão de seu próprio comportamento. Ela viu quanto estava enganada.
A princípio, fez  julgamentos falsos sobre o homem.  Porém, tão logo encontrou o pacote de biscoitos na bolsa, ela – que o reputava mal educado – viu que ele não era nada disso. A verdade apareceu. Quando? Só depois dela ter visto o quadro completo.
É sempre assim!
Nós julgamos situações e pessoas levando em conta as nossas tendências egoístas e parciais. E depois de ver o quadro completo? Então caímos em nós.
Calma ao julgar. Levante fatos e elementos. Conheça tudo o que é possível antes de ser sumário. Faz bem à alma e também ao corpo.
No entanto, o melhor de tudo é nunca julgar.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

8 de abr. de 2014

PORCO OU GALINHA, O QUE IMPORTA É POUPAR

ABRAHAM SHAPIRO

Muitas crianças têm ou já tiveram um cofre em formato de porquinho. Qual é a razão de ser um porco, e não um gato, cachorro ou galo?
Uma das explicações conta que na Inglaterra medieval as pessoas utilizavam jarros feitos de um tipo especial de argila que, em inglês, era chamada de “Pygg”. Nesses vasos elas também guardavam as moedas que poupavam. O som da palavra PYGG foi aos poucos se aproximando de PIG, que significa porco.
Não demorou para que um esperto empreendedor tivesse a ideia de criar um porquinho feito daquela argila, o que acabou se estendendo ao resto do mundo, já que os ingleses quase foram donos do globo terrestre.
Outra história conta que a invenção do cofre de porquinho é atribuída a um engenheiro francês do século XVII. Ele criava de suínos, e calculou que em dez anos uma porca tem a capacidade de produzir milhares de filhotes. Daí concluiu que um porquinho seria a ideia figurativa ótima de incentivo para as pessoas economizarem dinheiro.
No entanto, não se pode ignorar o fato de que os primeiros banqueiros da Europa foram Judeus. A religião Judaica proíbe a ingestão da carne de porco. Os vários governos interessados em perseguir os Judeus induziam as populações ao ódio gratuito contra eles. Um dos itens utilizados nesta ideologia foi o cofre doméstico em formato de porco.  E não faz tanto tempo que isso aconteceu. Na Alemanha nazista dos anos 1930 foi assim. Os admiradores de Hitler tinham cofres em formato de porco. Eles atribuíam a culpa da desgraçada economia alemã aos judeus e nutriam a superstição de que, difundindo um porquinho em formato de cofre, afastariam os israelitas do dinheiro alemão.
Tudo bem! A história virou o jogo contra os nazistas – graças a D-us –, os ingleses não foram donos do mundo, e o porquinho é a ideia que quase todo mundo faz de um cofre que se preze.
Se você tem um cofre de porquinho em casa, isso é bom. Só não se esqueça de que o importante não é ter um cofre, e tampouco seu formato, mas antes e acima de tudo: poupar.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

7 de abr. de 2014

SAÚDE, ECONOMIA E MARMELADA

ABRAHAM SHAPIRO


Que o país está enfrentando uma crise de confiança na economia, isto é verdade. As pesquisas comprovam.
Que as empresas estão vendo suas vendas caírem de modo preocupante, também não há dúvida alguma.
O que surpreende é a demora para reagir.
Quando a dificuldade econômica começa a “apontar o rabo e os chifres”, é hora das pessoas mudarem comportamentos a começar pelo corte de despesas, fazer poupança e, – mais do que tudo –, fechando o bolso para supérfluos.
Já, na esfera das empresas, sempre há como fazer melhor, produzir melhor e adaptar-se à realidade.
Os processos são um excelente ponto de partida.
Todo e qualquer processo pode ser otimizado imediatamente, desde que se tenha disposição e profissionalismo. O resultado será sempre muito bom.
Olhemos as vendas, por exemplo.
Quem tinha uma equipe de “tiradores de pedidos” que, mês após mês festejava o cumprimento de metas, está há pelo menos 2 ou 3 meses sem aquelas “saidinha depois do expediente para comemorar.  O cenário agora mudou. Quem quiser ter um time de campeões, terá de inverter a polaridade. Todos terão de tirar a bunda da cadeira e ir à luta em busca de negócios. Traduzindo para o bom português: é hora de aprender a vender e... vender. Chega de esperar a que o cliente compre. 
Para resolver estas questões, uma boa consultoria pode ser, para a empresa, aquilo que um médico é para a saúde das pessoas precavidas.
Mas assim como pessoas que se previnem com a saúde são poucas, empresas, em geral, esperam os problemas virarem tragédia para, só então, buscar solução que lhes salve. Mas, quase sempre, o momento ideal da cura já passou há seis meses, quando não um ano.
E como diz a velha e boa sagacidade dos sábio povo das Minas Gerais: “Marmelada na hora da morte, acaba matando de congestão”
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

4 de abr. de 2014

AS PALAVRAS E SEU MAU USO

ABRAHAM SHAPIRO

Recomendando sua equipe a ler determinado livro, o gerente referiu-se à obra da seguinte forma:
“O texto é muito bom. Talvez pareça um tanto piegas. Mas tenho certeza de que será útil e prático, desde que seus conceitos e ideias sejam postos em prática”.
Bonito conselho. A indução, porém, foi infeliz.
Tanto quanto desejou mostrar importância da leitura a seus subordinados, o gerente contrabalançou a sugestão de forma errada,  usando a expressão “um tanto piegas”.
Que erro foi este?
Piegas é um adjetivo que significa
  • sentimentalismo extremo,
  • característica de algo ou de alguém que é ridiculamente sentimental.
Também pode ser o atributo de alguém que se embaraça com pequenas coisas.
Isto não era, em hipótese alguma, a mínima característica daquele livro – indicado por consultores e líderes de peso no mundo dos negócios de todo o mundo.
Portanto, foi um erro de indução, ou de inspiração má.
Onde quero chegar?
Saber usar as palavras e calcular seus efeitos é tão importante quanto fazer o mesmo com as atitudes.
Alguém que age irrefletidamente e, por isso, se enquadra na baixa categoria do caráter humano chamada de “pessoas inconsequentes”, cometerá falha semelhante quando empregar palavras sem conhecer seu correto significado e emprego.
Eu aconselho o uso de um dicionário constantemente. Em qualquer dúvida, consulte-o. No google, cada vez que você digitar a palavra desconhecida seguida da expressão DEFINE, aparecerá seu significado como verbete de um dicionário. Simples e rápido.
Importante é entender que as palavras são como diamantes. Desde que medidas, pesadas e bem encadeadas, produz resultados valiosos, tal como uma gema bem lapidada.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

3 de abr. de 2014

VÍDEO: "CRIAR OU INOVAR?"

-





A Labor - Trabalho Temporário e a Shapiro Consultoria trazem até você mais um Programa Profissão Atitude na MultiTv Cidades Londrina, Canal 20 da Net.

Neste capítulo, uma história muito engraçada sobre a diferença entre CRIAR e INOVAR. Vale assistir e compartilhar com amigos e colegas.




Clique na imagem abaixo e assista:









OS BOMBÁSTICOS EFEITOS DA BOA VONTADE

ABRAHAM SHAPIRO


Todas as vezes que nos deixamos convencer por qualquer pensamento, ele influencia diretamente as nossas ações. Pode ser um pensamento simples como acreditar que tomar um copo de suco de laranja de manhã faz bem, assim como um cujas consequências sejam negativas, ao estilo de: “Eu nunca vou conseguir ser alguém na vida”.
Já os resultados que produzimos a cada instante provêm das nossas ações. Logo, já que o pensamento produz as ações, e as ações produzem resultados, se eu desejar melhorar os meus resultados pessoais, preciso que eu melhore os meus pensamentos.
Aí é que entra a palavra volição. Você já ouviu antes? Volição vem do latim volitione. Os psicólogos a empregam para explicar o processo com que um indivíduo se decide a praticar uma ação em particular. É o nome científico que se dá para “força de vontade”. Junto do afeto, motivação e cognição, a volição é uma das principais funções psicológicas humanas.
Os “processos volitivos” podem ser aplicados conscientemente por qualquer pessoa, e ao longo do tempo se transformar em hábitos.
Você se sente fracassado por ter ouvido seu pai ou professor dizer que “nunca conseguiria vencer na vida?”. Neste exato momento você tem diante de si duas diferentes opções. Primeira: acreditar nesta besteira e permitir que ela o transforme num derrotado autêntico ou, segunda: escolher não acreditar nisso, introduzir na sua mente pensamentos bem sucedidos, imagens que que fortaleçam a sua autoconfiança e, depois, agir de acordo com eles. Por esta segunda alternativa, os resultados serão outros. E provavelmente bem melhores do que os da primeira.
Volição é um processo. Não acontece num piscar de olhos, mas segundo uma sequência de passos mantida com persistência e superação de obstáculos que surgem e continuarão surgindo naturalmente ao longo da trajetória. Importante e definitivo é “dar o primeiro passo” e sair de dentro do estado que hoje o limita – se é isso o que você quer.
Outra vez: depende de você! Escolha pensar melhor. E então as suas ações e resultados certamente seguirão esta escolha.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

2 de abr. de 2014

O QUE SE APRENDE DOS AEROPORTOS E DAS AEROMOÇAS

ABRAHAM SHAPIRO

Tenho passado grande parte dos meus dias recentes em aeroportos. Não há nada mais massacrante do que os anúncios repetitivos que se ouvem neles. Ainda mais quando se está cansado.
E os procedimentos de segurança das aeromoças?  Há dias em que eu os escuto quatro vezes. Parecem um disco furado.
Contudo, há algo importante que se pode aprender disso.
As companhias aéreas – lógico que por força de lei – partem do pressuposto de que as pessoas podem não saber suficientemente como agir em situações de emergência. Então, nivelam todos pelo “não conhecimento”, e, por isso, repete as instruções insistentemente.
Eu já vi empresas que fizeram treinamento com seus funcionários uma só vez e, talvez pelo valor do investimento, deram esta única atividade como suficiente para cobrá-los por resultados.
Errado!
É preciso deixar claro agora e sempre. Os processos de qualquer área da menor empresa que se imagina carecem de boa análise prévia, para, só depois de comprovadamente adequados aos padrões de qualidade que se deseja atingir, serem aplicados em treinamentos, com prática repetitiva e esclarecimento das dúvidas mais recorrentes. Depois, deve-se acompanhar e controlar sua aplicação até o ponto em que o funcionário esteja seguro em seus conhecimentos e prática. Requer tempo e dinheiro até que se consigam  resultados reais e mensuráveis.
É por tais razões que treinamentos só devem ser desenvolvidos por profissionais. Cuidado com empresas que se propõem a um bla bla a custos altíssimos. Ter uma consultoria de grife não é solução alguma aos problemas de produção, produtividade, qualidade ou vendas.
Modismo serve para quase nada. Então invista na boa formação do seu pessoal. Depois, saiba que terá de repetir muitas e muitas vezes até que aprendem. Sempre dará bons frutos, eu garanto, desde que respeitadas as regras mínimas.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

1 de abr. de 2014

CLIENTES EDUCADOS

ABRAHAM SHAPIRO


Placa fixada na parede de uma lanchonete:






Realmente, quando as coisas chegam a esse ponto é porque estão alarmantes.
Muito se falou da necessidade de treinar funcionários para que prestem o mais cordial e rápido atendimento possível. Mas aquela placa na lanchonete mostra quão reprovável e deficiente encontra-se o relacionamento interpessoal por aqui.
É por isso que, hoje, o que escrevo não se destina aos funcionários, mas aos clientes.
Ser cliente é ter, sempre, muita razão; mas não “toda razão”.  Não há razão que justifique o insulto ou o não uso da mínima educação.
Ser educado é, aliás, a contrapartida exigida em qualquer etapa de absolutamente todos os processos que envolvem gente. Não é preciso se derramar em carinho, sorrisos e doçura. Mas tratamento minimamente respeitável é a condição sine qua non tanto para quem está do lado de lá, como do lado de cá do balcão.
Veja este caso. A mocinha na portaria da academia de ginástica, por exemplo, faz tudo pelos clientes que são seus amigos. Ela inclusive os deixa pular a roleta quando estão com a mensalidade atrasada. Mas destratou publicamente um senhor que, certa manhã, reclamou pelo atraso de 6 minutos na abertura da academia. Ela é despreparada para a função. Treinamento poderia resolver isso. Ou demissão. Mas ainda que se queira dizer “poucas e boas” para essa estúpida, é melhor cuidar para não lançar o bom trato no lixo. Pra mim isso é realmente difícil. Eu gostaria de enquadrá-la do modo mais severo possível. Mas sempre que agi assim, perdi a razão.
Ter dinheiro na carteira dá a qualquer um o direito até de disputar a melhor valorização possível da compra. Mas nunca o de sacrificar o tratamento digno. Talvez fosse mais interessante dizer: “Agradeço, mas aqui não compro novamente!”
Caixas eletrônicos e máquinas de mensagens não precisam de “por favor”, nem de “muito obrigado”. Mas estas expressões ajudam muito em todas as outras situações.
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473