30 de nov. de 2012

EM ALICERCE SÓLIDO

ABRAHAM SHAPIRO

Não fique passivo diante das decisões que você tomou no passado. Submeta cada uma delas ao discernimento e à sabedoria que hoje você tem. Se você está vivo, você tem alguma sabedoria. Mas é preciso saber que ao longo do tempo, suas crenças, percepções e intuição mudaram. Você tem mais maturidade agora. Por isso, faça um novo julgamento partindo das experiências novas e da inteligência que você acumulou.
Avalie constantemente em que ponto da sua vida você se encontra hoje. Faça o mesmo em relação à sua carreira profissional. Assegure-se de que é você quem está guiando as suas decisões.
Posto que tenha decidido algo em particular há cinco ou dez anos, não tome incondicionalmente essa decisão como a melhor coisa para os dias de hoje. Se concluir que realmente não é, encare com firmeza a possibilidade de mudá-la... e mude!!! ... para o seu bem e de todos que convivem com você.
Não assuma, por exemplo, que, por ter decidido um dia, seguir uma profissão que hoje não o faz feliz e o deprime, você não possa estudar algo diferente e começar uma nova carreira. Tudo é relativo nesta vida.
Se o modo de conduzir a sua empresa e relacionar-se com os seus colaboradores não é eficiente, verifique o que pode e deve ser modificado.
O importante é saber que você é quem está decidindo,... e decidir.
Em resumo, examine todas as ideias, teorias, suposições, hipóteses e pressupostos que lhe impulsionam a pensar e a agir do modo como você os faz. Assegure-se de que sejam realmente seus, e de ninguém mais. Examine-os. E nada de submeter-se a coisas e modos que lhe estejam sendo impostos pela sociedade. Pressão social é para os tolos. Isso é falso e impotente. Só lhe trará arrependimentos, dia desses.
Não se permita ser manipulado por ninguém e por nada. A vida é curta demais para se tomar o trem errado, a direção errada ou lançar alicerces sobre um terreno movediço.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

29 de nov. de 2012

NÃO SÓ TRABALHAR

ABRAHAM SHAPIRO

Tenho trabalhado muito ultimamente. Preciso parar, descansar e arejar a mente.
Alguém me ensinou que ninguém deve atuar linearmente, sem interrupções. Nosso corpo e mente necessitam de ciclos para que funcionem bem. Dias de trabalho são importantes para que se alcancem metas. Mas um tempo de parada também faz parte do bom desempenho.
Um homem muito pobre vivia a vida cavando poços. Um dia, enquanto trabalhava, o carteiro lhe trouxe uma carta. Interrompeu sua labuta e, ao abrir o envelope, soube que recebera uma herança milionária. Ficou feliz. Saiu dali, tomou posse da riqueza e a aplicou em prosperidade e qualidade de vida para si e sua família.
Essa é uma história simples e curta, com final feliz. Mas uma das lições contidas nela é que se o tal homem não tivesse interrompido seu trabalho, repousado a picareta e a pá no chão por alguns minutos para ler a carta que recebeu, talvez jamais ficasse rico. Estaria cavando poços até hoje.
Precisamos ao menos de um instante de desconexão das atividades em que nos mantemos concentrados todo o tempo. É saudável, antes de tudo. Pode acabar sendo mais lucrativo do que imaginamos.

Ninguém vive bem pensando só em trabalho. Sabe por quê? Viver é muito mais que isso!
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

28 de nov. de 2012

TREINAMENTO BOM É PRÁTICO

ABRAHAM SHAPIRO

Um jovem ator foi convidado a participar de uma peça. Ele faria uma única aparição. No momento que ouvisse um tiro de canhão, ele deveria dizer: “Todos a seus postos, o combate começou!”
Por duas semanas seguidas ele treinou muito. Era a sua grande oportunidade profissional. A cada momento livre lá estava ele, falando e dramatizando o seu importante script.
Chegou o grande dia! Ele está no palco aguardando sua vez e, de repente, o canhão faz: “Buuuuuuummmm!”
Ele se assusta tanto com o som bombástico que, surpreendentemente, grita: “Meu Deus, o que é isso???”.
Ele acabara de estragar tudo!
Sabe o que houve? Nosso amigo até então simplesmente não havia ensaiado com o som real do canhão, e nunca tinha ouvido uma explosão antes. Ao ouvir, ficou tão apavorado que confundiu as palavras e perdeu seu autocontrole.
Quantas vezes nós nos achamos bastantes seguros sobre certas decisões. Temos convicção de que nosso papel sem dúvida será bem desempenhado e nos esquecemos de ser prudentes ou cautelosos quanto às ressalvas ou limitações envolvidas.
A vida real é muito diferente do que se aprende em livros, em aulas ou treinamentos meramente teóricos. Pode surpreender diametralmente. E quando isso ocorre, precisamos ser ágeis para pensar e agir rápido.
Se tivermos consciência disso, talvez a nossa criatividade seja ativada diante das surpresas desagradáveis e as perdas sejam mínimas. Contudo, entre o herói e o seguro,  melhor é ser seguro... e morrer de velho!!!
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

27 de nov. de 2012

PERSEGUINDO OBJETIVOS ATÉ ENCONTRAR

ABRAHAM SHAPIRO


Aqui vai uma experiência de trabalho e de vida.
Quando eu enfrento um daqueles dias em que nada parece ajudar, e tenho a terrível impressão de que a minha vida está patinando, lembro-me de um profissional que conheci quando jovem: o cortador de pedras preciosas.
Você faz ideia de como ele trabalha? O quebrador de gemas – como é o nome desta especialidade – utiliza uma cunha de metal e um martelo. Ele posiciona a cunha sobre a pedra presa a uma espécie de morsa e então bate, bate, cem vezes talvez sem que nada aconteça.  E então, de repente, na centésima primeira batida... a pedra se parte em duas ou mais.
Sabe como essa imagem ajuda? Ela me faz saber que não foi a última martelada que atingiu o objetivo de quebrar a dura e resistente pedra, mas o efeito da soma de todas as precedentes. Todas, na verdade, foram importantes. Inclusive aquela última.
Isso me fortalece o pensamento e me motiva, pois os nossos ideais são alcançados do mesmo modo. 

Às vezes, precisamos de semanas, meses ou anos agindo dia após dia, aparentemente sem nenhum resultado, para, de um instante a outro, o "encontrarmos" como um brinde. Nesta hora, percebemos que todos os esforços que fizemos antes contribuíram, e não só aquela última parcela.
Em outras palavras, isto só confirma o ditado que ouvi de um amigo americano: “Qualquer sucesso repentino levou pelo menos quinze anos para acontecer”. 

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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

26 de nov. de 2012

O FUTURO FINANCEIRO DOS SEUS FILHOS

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 26/11/2012, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.


ABRAHAM SHAPIRO


A palavra “exemplo” nos remete sempre à moral, à ética e à religiosidade. Mas tudo na vida tem uma relação intensa e extensa com exemplos. Educação de filhos em especial.
Como será a sociedade no futuro se hoje os pais envolvem seus filhos de corpo e alma em seus hábitos de consumo sem nenhum limite entre o 'eu quero' e o 'eu preciso'?    
Um estudo realizado no Reino Unido mostrou que as crianças britânicas de 10 anos conhecem de trezentas a quatrocentas marcas famosas. Isto representa  mais de vinte vezes o número de espécies de aves que elas sabem.
Até pouco tempo atrás, a idade média em que uma criança pedia para que o pai comprasse algo era dois anos e oito meses. Hoje já é dois anos e três meses. E vai cair mais. A razão é que o modelo de família atual enfatiza o consumo. Finais de semana de compras no shopping  em vez de passear e brincar  com as crianças não é algo inconsequente.
No Brasil, 51% dos pais tomam a decisão de compra depois de ouvir a opinião dos filhos, enquanto 49% afirmam que decidem juntos com eles. Dos pais que compram automóveis 60% dizem que foram influenciados pelos filhos.
Não é errado as crianças participarem das decisões de consumo. Mas deixá-las determinar uma compra e terem sempre tudo o que querem pode gerar problemas graves, já que consumo desenfreado não satisfaz, além de não ensinar a estabelecer prioridades na vida.
Uma oportunidade fantástica está passando em branco neste cenário. Mais do que ouvir a opinião das crianças, seria importante que os pais aproveitassem esses momentos para educá-las financeiramente.
A propaganda é avassaladora, e o capitalismo cruel. Mas enquanto isso, há famílias que conseguem sucesso na educação baseada em princípios, e não na obtenção de bens.
O que é mais importante: ter ou ser?
Nenhuma influência externa é páreo para o exemplo dos pais. Eu digo sempre –  e confirmo  na minha própria vida – que nunca consegui ensinar efetivamente nada do que desejei a meus filhos. Porém, eu os vi fazendo quase tudo o que eles me viram fazer.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

23 de nov. de 2012

ESTAMOS TODOS EM VENDAS... O TEMPO TODO!

ABRAHAM SHAPIRO


Vender é muito bom. Somos todos vendedores. Eu fico nervoso e tenho vontade de mandar prender o sujeito que diz: “Eu sou de finanças”, ou “Sou de contabilidade....”, “Eu não ‘faço’ vendas”!
Quem diz isso é um troglodita e nada entende da vida e do trabalho.
Viver e trabalhar se resumem a VENDER TUDO O TEMPO TODO.
Qualquer sucesso é sucesso em vendas. Nenhum outro. Em todo lugar. Ponto final!
É bacana demais vender. Quando vendo meu livro, meus seminários, minhas consultorias ou coachings, realmente acredito que estou fazendo mais do que ganhar o meu sustento e pagando impostos. Estou fazendo parcerias.
Embora eu não ache que rotineiramente mude o mundo para muitas pessoas, sei que eu me importo com o que estou fazendo – e me entusiasmo em entregar seja o meu produto, meu serviço, minha experiência, meu sonho ou meu impacto.
Steve Jobs disse: “Vamos deixar uma marca no universo!”. Eu acho que a noção de vender pode ser a de deixar uma marca no universo, pois é o que nos mantém motivados e capazes de nos olharmos no espelho.
Mas vender o que é? Para mim, vender é fazer parceria.
A palavra parceria já foi demais usada. Você acha clichê? Principalmente em vendas? Não faz mal. Meu conselho: use-a mesmo assim. Fale de parceria obscessivamente. Sabe por que eu faço tanta questão?  Não importa o que você está vendendo. Vender é, em si, uma parceria e sempre será.
A tarefa do vendedor é a de reunir – de uma forma fluente – toda a força e imaginação de todos os departamentos de sua empresa a fim de criar oportunidades, experiências, sonhos e realizações para o adorado cliente. E o que é isto? Para mim é parceria. Portanto, use a maldita palavra o tempo todo: PARCERIA.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

22 de nov. de 2012

NÃO É TÃO SIMPLES QUANTO A TABUADA

ABRAHAM SHAPIRO

Hoje vou fazer uma revelação que poderá ajudar você e muitos leitores a compreenderem um pouco mais o modo como a humanidade age.
Quando uma pessoa quer fazer algo, ela cria todas as desculpas, razões e motivos para realizá-lo. E quase sempre – quando não em todos os casos – de nada adianta tentar convencê-la do contrário. Isso explica muito do gênero humano e de seu modo tipicamente inconsequente de atuar.
Alguns anos atrás, um homem ganhou na loteria nacional de seu país com um bilhete que terminava com o número 48.
Orgulhoso de sua “façanha”, ele revelou ao telejornal de maior audiência de sua nação a teoria que o levou à fortuna.
- “Sonhei com o número 7 por 7 noites consecutivas”, disse ele “E 7 vezes 7 é 48”.
E então? Você entende agora?
Os que dominam a tabuada talvez achem graça desse erro simplório e até pensem ser uma piada. Mas a coisa não é tão simples. Na verdade é demais séria.
Todos nós criamos uma versão pessoal a respeito do mundo, e utilizamos esta versão particular para filtrar e processar o que os nossos olhos veem, o que os nossos ouvidos ouvem e o que todos os demais sentidos captam. É daí que extraímos os significados do oceano de dados que nos inunda a cada momento. Nossos acertos advêm disso. E também os nossos erros.
Quando nos deparamos com as barbaridades que assistimos  a cada instante, é bom saber disso.
Eu conheço uma empresa por onde já passaram vários bons consultores e as coisas só pioram a cada dia. Pois é. Não adianta querer mudar o mundo enquanto a cabeça das pessoas não mudar antes! O problema quase nunca é a empresa. Mas o dono. Para ele, 7 vezes 7 é 48. O azar é que empresa não é loteria!
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

21 de nov. de 2012

CONHEÇA BEM A SUA EMPRESA

ABRAHAM SHAPIRO


Há um exercício que tenho proposto aos clientes com quem inicio uma nova consultoria que poderá ser muito divertido e útil se você o fizer. O “legal” é que ele o ajudará a ver a sua empresa desde outra ótica.
É assim:
Passo 1. Escreva um texto de duas páginas sobre QUEM SOMOS. Seja dramático. Escreva como se fosse uma trama. Capriche. Depois, faça um resumo de uma página. Em seguida, abrevie o resumo, se possível, em 25 palavras. Se conseguir, reduza novamente. Desta vez, tente em uma só palavra ou um só verbo. Você consegue dizer o que é a sua empresa em uma palavra só? Se sim... fantástico. Sua consciência sobre o seu negócio é altíssima!
Passo 2. Liste três formas em que somos SINGULARES para os nossos clientes. Três atributos em que sejamos únicos.
Passo 3. Declare... de forma precisa... a coisa BOA e DRÁSTICA ... que nos distingue de nossos concorrentes. Em 25 palavras ou menos.... muito menos.
Passo 4. QUEM É ELE? Chegou a hora de analisar quem é o seu principal concorrente – em 25 palavras poderosas, precisas, elogiosas... verdadeiras. Depois, liste três diferenças extremamente distintas “nossas” versus as diferenças “dele”. Nada de resumir esta lista.
Tente preencher este exercício com colegas de trabalho. Fale sobre isso. Argumente sobre isso. Grite sobre isso... de forma séria e profunda!
Tente depois com clientes (você tem coragem?) Faça com um cliente amigável. Mas não deixe de fazer também com um cético.

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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

20 de nov. de 2012

QUANTO VALE UM CLIENTE? (DE VERDADE!!!)

ABRAHAM SHAPIRO


Imagine três diferentes situações:

Situação 1:
O casal pede bacalhau à moda da casa em um restaurante famoso por seus pratos à base de frutos do mar.
O garçom os serve e deseja “bom apetite”.  Segundos depois, o marido indaga:
- Garçom, diga uma coisa: se o prato é para dois, por que vocês servem apenas um ovo cozido?
E o garçom, sincero e transparente, responde:
- Sabe de uma coisa, senhor? Em trinta anos que atendo aqui, esta é a primeira vez que alguém me faz esta pergunta.

Situação 2:
A minha atendente na loja onde compro roupas, diz:
- “Prove esta calça, Sr Shapiro. Esta marca X é maior do que a marca Y”.
E eu digo:
- “Não deviam ter medidas iguais independente da marca?”
E ela responde para meu espanto e revolta:
- “No Brasil ainda não existe um padrão de medidas para roupas”.

Vamos à situação 3:
Meu cliente trouxe-me a planilha de custos de seus negócios para analisarmos juntos. Começou pela academia de ginástica. No meio da discussão sobre cortes de gastos, ele se orgulhou da excelente economia que conseguiu retirando a garrafa de café que deixava à disposição dos clientes das 6 da manhã.
Seu outro negócio é um motel. E desta vez, contou-me que oferece um bombom de brinde à saída para cada casal. 
E eu contestei:
- “Um bombom por casal? Se você der dois, o motel quebra? E a garrafa de café na academia irá causar alguma crise econômica?”

Sabe o que penso destes três cenários infernais? Como fica o cliente nisso tudo?
Quando a contenção de despesas ou o corte dos gastos se confunde com mesquinharia, isto é sinal de que tudo realmente vai mal.
Qualquer cliente – repito: qualquer um – pagará o que fôr em troca de ser aquele que  faz a diferença.
Olhe agora para dentro da sua empresa. O que ocorre por lá? Posso entrevistar um cliente seu?
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

19 de nov. de 2012

O BIG DATA

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 19/11/2012, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.


ABRAHAM SHAPIRO


Semana passada, atendi o Centro de Tecnologia do Itaú-Unibanco. Falei ao pessoal de Tecnologia de Informação sobre Gestão do Conhecimento – uma área de interesse crescente em empresas de todos os tamanhos.
O Banco Itaú é pioneiro no país no emprego da informação e da tecnologia na busca pela excelência organizacional e de serviços de ponta ao cliente.
Uma das minhas abordagens foi sobre o novo modelo de administração de dados, chamado Big Data.  Através dele é possível medir – e saber – muito mais sobre o negócio, e além disso converter tal conhecimento em decisões e resultados diretamente melhores.
Um bom exemplo é o varejo.  
Pense numa livraria física. Seu pessoal de vendas tem como saber quais livros vendem e quais não vendem. Se tiverem um programa de fidelidade, dá para saber até que cliente compra esse ou aquele livro. Só isso!
Imagine agora uma livraria virtual. O que é possível saber sobre os clientes que compram pela Internet? Ela pode monitorar não só o público que compra, mas também quais outros itens checa; como navega no site; até onde é influenciado por promoções e resenhas, pela forma como as páginas estão organizadas, semelhanças entre indivíduos e grupos, e mais, muito mais.
Esta livraria virtual criou algoritmos para prever que livro um certo cliente gostaria de ler  em seguida. O incrível é que estes algoritmos vão melhorando cada vez que o cliente aceita ou ignora uma recomendação.
Mas você deve estar pensando: “O que farei se não posso ter um sistema desse tipo?” Bem,  você tem um par de olhos? Um par de ouvidos? Funcionários que falam com clientes o tempo todo? Colecione informações partindo destas fontes. Registre-as em um caderno. Depois, analise cada uma. Veja quanto será  possível aproveitar. Clientes podem gerar ideias inovadoras para a empresa. Podem dar dicas sobre mudanças e adaptações a produtos e serviços.
Conheça o seu cliente. Saiba o que ele quer. Entenda do que ele gosta. Confie nele! Esta é a chave para um nível muito mais elevado de sucesso para os seus negócios... e para você.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

16 de nov. de 2012

PIADA OU PROPAGANDA?

ABRAHAM SHAPIRO

Barack Obama foi reeleito presidente dos Estados Unidos.  
No Brasil, momentos históricos são imediatamente transformados em piada. Parece normal esta forma de comunicação entre nós.  Eu me lembro de quando os terroristas árabes derrubaram as Torres Gêmeas, em Nova Iorque o volume de fotos que inundaram a Internet de pessoas no mirante de uma das torres enquanto a aeronave aparecia ao fundo aproximando-se do momento do choque. Todas eram montagens, é lógico.
Mas isto já não é uma marca registrada da personalidade do brasileiro.
No momento da confirmação da vitória de Obama começaram a  aparecer inúmeros anúncios de oportunidade.  Alguns muito bem humorados.  Talvez o melhor deles tenha sido o que foi desenvolvido por uma marca de camisinhas e publicado num site da China.
A peça publicitária mostra uma sorridente primeira-dama com as duas mãos separadas, como se estivesse medindo algo.
Logo abaixo, outra foto. Desta vez de uma não tão sorridente Ann, esposa do candidato Mitt Romney, aparentemente medindo algo também, mas usando apenas os dedos polegar e indicador.  Junto com as imagens, uma legenda em mandarim diz: “A diferença entre Obama e Romney é..." 
Tire as suas conclusões.
É assim que muita publicidade é feita hoje em dia.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

15 de nov. de 2012

EU NÃO SEI O QUE VOCÊ DEVIA FAZER

ABRAHAM SHAPIRO

Às vezes a gente acha que sabe o que os outros deviam fazer. Depois começamos a criar regras a respeito. Jornais, revistas e milhares de sites na Internet estão cheios delas. Eles dizem como devemos agir em cada situação.
Eu imagino como os outros devem agir na vida, na empresa, no relacionamento com o cliente etc. Mas sei também de uma coisa: a realidade de cada pessoa é outra. No fundo, tenho consciência de que só imagino o que as pessoas passam.
Não sei exatamente como você devia agir, porque eu não sou você!
Eu sei o que o seu cliente deve fazer. Mas eu não sou ele.
Eu sei, você sabe, e todos nós sabemos o que fulano devia fazer em determinada situação. Mas não adianta nada. Este fulano é diferente de mim e de você. A circunstância dele é outra. O momento dele é outro. Nada do que se passa com ele é igual ao que eu e você imaginamos.
É bacana ter empatia. É a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende. Mas isto não é possível do jeito que imaginamos.
Para sentir empatia real é preciso  ter em si algo difícil de se conseguir: aceitar o fato de que nós não somos – E NUNCA SEREMOS –  a outra pessoa. Jamais estaremos no lugar dela.  Não há nem como acontecer isto! Ela tem objetivos diferentes, visões diferentes de mundo e vivências próprias.
A experiência que você vive é só sua! De mais ninguém. Ela é intransferível. E, no máximo – no máximo - eu apenas posso imaginar como ela é. Que dirá impor um modo como VOCÊ deve agir!!! De modo algum!
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

14 de nov. de 2012

MUDANÇAS SEM TRAUMAS

ABRAHAM SHAPIRO

Você quer ouvir mais uma vez que o ser humano é naturalmente contrário a mudanças? Pronto, falei de novo! Mas reconheço que levar as pessoas a bordo de uma mudança muitas vezes é mais difícil do que implementar a mudança em si.
Vários clientes meus fazem aquela pergunta que mostra mais desespero do que dúvida: “O que e como devo fazer para envolver os meus funcionários em mudanças sem provocar traumas?”
Não sei se conseguiria dar uma resposta definitiva para solucionar esta questão. Mas conheço algumas atitudes que podem ajudar. Eu já as testei, e posso garantir que, bem conduzidas, irão produzir resultados surpreendentes.
Primeiro: incentive a abertura. Crie um ambiente em que as pessoas se sintam livres para expressar pensamentos e sentimentos sobre a mudança. Depois, pergunte aos funcionários sobre suas preocupações, anseios e temores das implicações da mudança. Você provavelmente verá que eles são imaginativos demais, e que têm medo do “bicho papão”. Após isto,  será mais fácil contornar os obstáculos mentais do pessoal.
Como pôr em prática? Após entender as indecisões, reúna os colaboradores para discutir os problemas percebidos. Quando eles sentirem que são ouvidos, ficarão automaticamente mais propensos a apoiar a decisão final ou a mudança em curso. O efeito desta atitude é positivamente mágico.
Todo ser humano carece de ser ouvido e de receber atenção. Sempre que alguém dá isso a ele, reduz sua ansiedade, e o equilíbrio passa a predominar.
Como último passo, seja direto. Você é um líder, portanto, saiba perceber quais problemas devem ser resolvidos de frente, cara a cara.  Tenha coragem de lançar-se sobre todos eles com educação, respeito e paciência. Forneça as informações necessárias. Não pretenda enganar ninguém e nem esconda fatos que devam ser considerados.
Faça isto, e você me agradecerá! 
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

12 de nov. de 2012

FUJA DE GAMBIARRA

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 12/11/2012, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.

ABRAHAM SHAPIRO

Em uma planície viviam o urubu e o pavão. Certo dia, o pavão pensou:
O pavão
– “Sou a ave mais bonita do reino animal. Tenho plumas coloridas, grandes e exuberantes. Mas do que me adianta? Não posso voar para mostrar ao mundo desde o alto a minha beleza. Feliz é o urubu que é livre para voar onde quer que o vento sopre”.
O urubu, por outro lado, também refletia sobre o sentido de sua vida:
– “Quão infeliz sou: a mais feia de todas as aves. E, além disso, tenho que voar e proclamar a todos minha feiura. Ah, se eu fosse belo e vistoso como o pavão, eu me realizaria e me amaria muito mais”.
O urubu
Certo dia as duas aves se encontraram, e numa rara oportunidade de franqueza, uma revelou à outra seus sentimentos secretos. Num arroubo de compreensão mútua, as duas tiveram a mesma brilhante ideia: juntar-se para um cruzamento. Ambas sairiam ganhando. O filhote teria dupla virtude: voaria como o urubu e seria belo como o pavão. E foi isto o que fizeram mais que rapidamente.
O peru
O resultado? Da união planejada e calculada nos mínimos detalhes nasceu ninguém menos que o peru: uma ave terrivelmente feia e que, além disso, não voa!
Outro dia, vi um adesivo num carro que dizia: “Dar jeitinho é a desgraça deste país”.
Você sabe o sentido da palavra gambiarra? É uma improvisação para apenas dar jeito temporariamente a algo que está errado ou a uma necessidade urgente. Não resolve problema algum. Apenas protela a solução. Mas muita gente por aqui ainda acredita em gambiarras. Estes talvez digam que o Brasil é o país dos “jeitinhos”. Não! Não é!
Esta mentalidade precisa cessar.
Temos de nos precaver contra improvisos. O urubu e o pavão não levaram em conta os riscos que se escondiam nos cálculos que os levavam a crer que sua união seria uma poderosa solução a suas fraquezas. Deu tudo ao contrário. A grande sabedoria por trás desta fábula é: “Se as coisas estão ruins, uma gambiarra só irá piorá-las!”
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

9 de nov. de 2012

FUNCIONÁRIOS QUE FAZEM "BICO" NO TRABALHO

ABRAHAM SHAPIRO

Aqueles funcionários vendiam cosméticos, roupas e recipientes plásticos aos colegas. Não por ganância,  mas para complementar seus salários.
Via de regra, quando um funcionário recebe remuneração compatível, e enxerga perspectivas concretas na empresa em que trabalha, ele dá em troca toda sua dedicação. Quando, porém, ele e os colegas veem no emprego algo estático, exploratório e distante da realidade de remuneração do mercado, ele mantém sua constante prospecção por outra vaga, a visão permanente de um segundo emprego ou  fará um “bico” para complementar seus ganhos.
Em psicologia, o termo “ambição” significa “insatisfação com sua situação atual e o desejo de promover mudanças para melhor”.
Se a empresa oferece condições de mobilidade funcional ou salarial, o colaborador interessado terá a tendência de engajar-se a suas tarefas. Ele quer intensificar sua iniciativa pessoal e obter os efeitos de suas ações o mais rápido possível. Tem objetivo de crescer até novos patamares e a empresa representa sua fonte de realizações.
Quando, porém, os benefícios escoam o tempo todo para o bolso do patrão ou a empresa não se propõe a desenvolver um modelo de gestão de pessoas que valorize seu quadro de funcionários devidamente,   o empregado trabalha o mínimo necessário, não dá tudo de si e atua “com um olho no peixe e o outro no gato”.
Quanto isso custa? Não vale a revisão do modelo de gestão de RH desta empresa?
Os tempos mudaram. Talvez você seja da época em que era comum dizer: “Ninguém é insubstituível”, ou “Não está satisfeito? Passe no RH e acerte as contas!”.
Agora, o funcionário insatisfeito deixará em seu lugar uma conta praticamente impagável correspondente aos treinamentos que recebeu, às estratégias de operação da empresa que, tendo ele conhecido, poderá revelar a concorrentes, sem contar a influência negativa que exercerá sobre muitos dos colegas que ficaram.
Quer algo pior? Eu direi. Você não conseguirá substituí-lo senão por alguém provavelmente pior, pois os bons profissionais estarão bem empregados quando você mais precisar de um.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

8 de nov. de 2012

O MILAGRE DO RECONHECIMENTO

ABRAHAM SHAPIRO

Reconhecimento e gratidão são duas virtudes que somente os grandes possuem. Mas grandes mesmo – grandes pais, grandes filhos, grandes seres humanos, grandes patrões, grandes líderes etc.
Um empresário que reconhece o esforço de seus colaboradores terá a “boa sorte” de uma equipe comprometida. O contrário também ocorrerá. Seu grupo de trabalho será do tipo “permanentemente não engajado”. E não será azar nenhum. Mas lógica!
Ouvia, dia desses, a conversa entre dois gerentes de uma indústria familiar de médio porte: “Não faça tanto. Aqui o negócio funciona da seguinte forma: se você faz a sua obrigação ou vai além do previsto, não faz diferença alguma. Com este boçal sanguessuga do nosso patrão, tudo o que você fizer jamais será suficiente. Veja como ele trata a própria mãe – aos gritosw e berros. O filho não o respeita! Ninguém vai honrar um homem assim! Não vale fazer isso nem pelo seu emprego!”
Fiquei indignado com a conversa que inevitavelmente chegou-me pelo elevado tom vocal com que o gerente ensinava comportamentos nada bondosos àquele seu colega. Mais ainda pela invasão à privacidade do patrão que ele reiterava sem qualquer dose de vergonha. Mas conhecendo o indivíduo de quem eles falavam, eu sabia que a origem daquela atitude advinha de um ponto fraco identificado por todo mundo: este chefe não manifesta o mínimo reconhecimento por ninguém. E de sobra, faz questão de ser grosseiro com funcionários mesmo diante de clientes.
Ser grato e manifestar o valor do próximo realizam grandes milagres no espírito de solidariedade e no equilíbrio do ambiente.
Não se dá reconhecimento apenas com dinheiro ou outras recompensas, mas com visão daquilo que foi bem feito, e com palavras sinceras. Mais vale um elogio franco sobre o esforço empreendido pela pessoa do que prêmios.
Dê reconhecimento aos que estão à sua volta. Distribua sentimentos modestos e breves de gratidão. Um simples cumprimento tem enorme significado para quem o recebe e o poder mágico de converter opiniões rudes ou adversas em cooperação. Eu lhe garanto um clima positivo e solícito em resposta à sua atitude.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

7 de nov. de 2012

SOMOS TODOS PARTE DE UMA ESCADA HUMANA

ABRAHAM SHAPIRO

Um homem estava acampado com amigos numa floresta. De longe, ele avistou um pássaro exótico no topo de uma árvore.
Caminhou até lá e viu que não tinha como escalar seu tronco. Nem escada havia. O que fez ele? Chamou seus amigos e, juntos, fizeram uma escada humana – um sobre o ombro do outro –, o que possibilitou que ele subisse. Chegando lá em cima, ele apanhou o pássaro – que era bastante dócil.
Embora o tivessem ajudado a pegar o animal, os homens abaixo dele não faziam a mínima ideia de que a ave fosse tão bela. Alguns nem sabiam o que ele havia pego. No entanto, sem aquelas pessoas o nosso amigo não teria conseguido chegar a seu objetivo.
De fato, imagine o que teria acontecido se um dos integrantes daquela escada humana mudasse de ideia. Todos teriam caído. E o homem que almejava capturar a ave não só falharia em sua aspiração, como também cairia, sob risco de quebrar seu pescoço.
Essa história é uma ilustração que deve ser mostrada, ensinada e inserida na consciência de todos os funcionários das empresas, dos membros da administração pública e de qualquer situação que envolva grupos de pessoas atuando em função de uma meta.
A vida é assim. O trabalho é assim. Qualquer um de nós depende daquelas pessoas que fazem parte de uma corrente de ajuda mútua a fim de se alcançar objetivos. Geralmente elas nem sabem exatamente o que é que se busca, mas ajudam. E muito. Sem elas, não se atingiria o alvo – mesmo naquelas situações em que, após a conquista, o vencedor sente-se vitorioso único, e despreza os que arriscaram o próprio sangue a seu lado.
Você e eu, que lideramos, precisamos enxergar os demais e dar a eles – a cada um deles – seu devido valor. São estes indivíduos que nos dão suporte e apoio nas melhores horas e também nas mais dolorosas ou pesadas. 
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

6 de nov. de 2012

ISSO É QUE É PROPAGANDA

ABRAHAM SHAPIRO

Quanto vale um cliente? Você já pensou? A resposta irá revelar seu verdadeiro talento para os negócios.
Você é inteligente, por isso, sabe que um cliente vale muito. Ele não vale apenas o dinheiro que traz para o seu caixa. Ele pode ajudar a sua empresa a crescer quando compra ou mesmo se não compra nada.
Clientes têm ideias.
Clientes têm sensibilidade e senso de comparação útil.
Pensa que eles não sabem o que querem? Você está enganado à décima potência. Pesquisas de todos os tipos comprovam que eles sabem.
Você conversa com os seus clientes? Sabia que eles podem gerar ideias inovadoras para a sua empresa? Sabia também que eles podem dar dicas incríveis sobre mudanças ou adaptações a produtos e serviços mais do que qualquer um dos seus engenheiros ou designers?
Outro ponto com que certamente você ainda não conta é que os clientes são mais confiáveis do que você mesmo. Eles são capazes de fazer marketing melhor do que todas as agências que você pode pagar ou do que todos os funcionários internos da sua empresa.
É fácil tomar posse deste benefício. Identifique os clientes que são fãs da sua marca. Ofereça a eles algum incentivo para atuarem como "divulgadores" da sua empresa ou produto. Você verá que cada cliente que um desses fãs conseguir, se transformará em um novo fã. Assim, a corrente de divulgação espontânea será poderosa e forte – bem mais potente do que propaganda em tv, rádio, Internet ou outra mídia.
Clientes satisfeitos são comprometidos com a marca ou o produto que os satisfaz. Eles estão dispostos a dar referências da empresa a seus amigos, parentes e colegas de trabalho.
Comece a falar e a usar o poder dos seus clientes. Esse é um tesouro precioso enterrado embaixo da cama onde talvez você tenha chorado pela falta de recursos para investir em propaganda.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

5 de nov. de 2012

A LEI, A EMPRESA E SEU REAL VALOR

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 05/11/2012, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.


ABRAHAM SHAPIRO

Estive com o meu amigo Tiago Torres. Ele é advogado – dos bons.
O Dr Tiago me falou do quanto as empresas estão preocupadas com sucessão familiar e criação de holdings. A moda agora é os patriarcas transferirem seu patrimônio aos herdeiros evitando os tradicionais transtornos dos inventários. Eles acreditam que, por este meio, os herdeiros também se motivarão a assumir um posto de responsabilidade na empresa.
Mas, o Tiago possui dados de que estas razões são fracas. Sabe por quê? Há algo muito maior e que deveria vir antes disso na intenção desses proprietários.
Muitas empresas cresceram fundadas em práticas de sonegação de tributos e desrespeito à legislação trabalhista ou ambiental. Você já deve ter ouvido algum empresário dizer que “se fizer tudo certo a  empresa quebra”.
Não é verdade. E o Dr Tiago complementa dizendo que os órgãos fiscalizadores estão avançando em tecnologia e rastreamento. Eles cruzam dados, fiscalizam in locco e utilizam recursos que ampliam astronomicamente o risco negativo das empresas continuarem se desviando das condutas legais.
Antigamente pensava-se ser vantagem deixar o passivo trabalhista para um acordo futuro. Isso não existe mais, e é bem provável que acabe resultando em condenação e se traduza em falência da empresa.
A pergunta é: “O que você quer deixar aos seus filhos?”
Muita herança empresarial por aí não diferiu muito de uma bomba-relógio, desgraçando o futuro dos herdeiros.  Há casos em que os crimes e passivos ambientais acumulados na gestão do pai converteu-se na prisão do filho.
Qual será o remédio? O Dr Tiago responde em três palavras: Prevenção Jurídica Ativa. É um planejamento em que se faz a adaptação da empresa à realidade legal atual, estabelecem-se controles e procedimentos para solucionar problemas reais e evitar os potenciais.  É fazer a empresa andar sobre os trilhos da lei, com viabilidade.
Seu negócio é lucrativo? Transforme-o então numa herança de valor. Procure os serviços de um bom e experiente advogado e previna-se!
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

2 de nov. de 2012

RESPONDA OS SEUS EMAILS

ABRAHAM SHAPIRO



Não é de hoje que se sabe que as pessoas são mais propensas a mentir quando escrevem mensagens eletrônicas do que quando usam caneta e papel. O Dr House repete inúmeras vezes na série de televisão que “todo mundo mente”.
Mas existem outros problemas com emails que deixam indignadas muitas pessoas de bem. Solicitaram que eu escrevesse a respeito.
Não consigo entender porque pessoas que se intitulam profissionais ignoram a mínima iniciativa de escrever ao menos “recebido” ou “Ok... vou analisar” como resposta às mensagens que lhes chegam pela Internet. Elas optam por mostrar indiferença. Mas tornam-se irresponsáveis quando não assumem posição frente a situações que são também de seu interesse próprio.
Será autoafirmação? Ou desejo de proclamar: “Eu sou importante! Por isso, vou lhe deixar em dúvida sobre a minha resposta”!
Não importa se é doença na cabeça ou no relógio.
A regra de ouro da correspondência eletrônica diz: responda a qualquer email que não for propaganda, brincadeira ou perda de tempo. Se foi dirigido a você, emita uma resposta, sempre.
Responda e envie emails apenas no horário comercial, senão, em breve você terá de viver só para isso. Quando estiver impedido de responder imediatamente, escreva uma linha dizendo: “Responderei assim que possível”. Mas seja organizado para não esquecer este compromisso.  
Se você se sente invadido com uma mensagem inconveniente, seja sincero com quem a enviou. Diga o que sentiu, e peça que não lhe escreva mais. É um direito legal que você tem.
A única coisa que não vale é aflorar patologias mentais e outros desvios sendo indiferente e não respondendo a alguém que já investiu tempo e atenção na triste tarefa de comunicar-se com você. 
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

1 de nov. de 2012

NÃO SUBESTIME O SEU POTENCIAL

ABRAHAM SHAPIRO



Vamos falar de um assunto que é problema para um bom percentual dos profissionais. Muita gente trabalha com desempenho irrisório. A razão provável é que seus objetivos pessoais foram fixados em patamares baixos. Ao conversar com eles, provavelmente você ouvirá a frase que tipicamente diagnostica este mal: “Estou cansado. Acho que já fiz muito!”
Qualquer profissional que se convence de já ter feito muito, demonstra metas pessoais baixas e também que ele está confinado em sua situação atual.
Imagine uma empresa que tenha meia dúzia de gerentes pensando assim.
Se isto acontece com você, pare um instante e reflita. Olhe para as experiências que você já adquiriu. Veja as habilidades que desenvolveu. Conte as competências que juntou e observe a capacidade de entendimento que conseguiu treinar.
Agora analise os seus objetivos pessoais de longo prazo. Quais são eles? Eleve-os. Revise também as suas metas de curto prazo, aquelas que você deseja alcançar em um ano, por exemplo.
É um grande mistério por que tantos homens subestimam o potencial que têm. Gostamos de pensar que não poderemos subir mais, que não conseguiremos ultrapassar o limite que acreditamos estar exatamente alí, onde imaginamos. Talvez este limite nunca tenha existido senão na nossa cabeça.
Os seres humanos não nascem com capacidades iguais. E não têm oportunidades iguais. Mas surpreendentemente, a maioria nem ao menos se aproxima do nível de realização a que poderia aspirar. 
Coloque no papel as suas metas. Selecione aquelas que são mensuráveis. Marque uma data para alcançá-las. Agora comece a promover em si mesmo as mudanças de que precisa para lutar e sair em busca de alcançá-las.
Quase todos indivíduos que alcançaram êxito, planejaram suas conquistas. Raramente chegaram ao topo por acaso.  Se você se planejar, terá chances de fazer parte deste número. E elas serão bem maiores do que se você ficar esperando algo lhe acontecer.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473