31 de jul. de 2012

UMA ANÁLISE DA SITUAÇÃO PRESENTE DO BRASIL





ABRAHAM SHAPIRO
Muita coisa está mudando no Brasil. O ritmo do crescimento caiu muito este ano e continuará a cair. Isso tem a ver principalmente com a crise na Europa.
Mas  o Brasil não está sozinho, que já conta uma desvalorização do Real que  chega a 18%  este ano. Todos os mercados emergentes estão sofrendo desaceleração. A Rúpia indiana, desvalorizou 25%; e a China está crescendo menos.
O que não se deve esquecer é que em todas as análises econômicas há pontos de vista contrastantes. Assim, existem grandes investidores mundiais que creem que o Brasil resistirá ao que pode ser uma possível complicação na economia mundial nos próximos dois ou três anos.  
Como reagir frente a tudo isso?
Em termos de comportamento, o que pode ser alarmante e assustador para uns, é instigante e motivador para outros. A questão, portanto, é “de que lado ficar?”
Se você fizer a opção de aproveitar as oportunidades que se escondem em toda e qualquer crise, não faça nada sem se planejar sobre premissas e recursos sólidos, pois o período ótimo para os negócios já passou.  Agora as coisas já não são tão favoráveis e exigem melhor visão de mercado, estratégia mais realista e disposição elevada para o esforço.
Encare a gestão. Empresas que conseguiram elevados níveis de vendas nos últimos dois anos, fizeram vistas grossas para as falhas nos processos internos. Agora que as vendas reduziram, as mazelas aparecem mais, e a gestão faz enorme diferença. Para muitas organizações, isto já se traduz em prejuízos registrados.
É hora de controle assíduo e rígido. Sem isso as causas dos problemas ficam invisíveis. Todos correm atrás de sintomas e de apagar incêndios pontuais a cada hora, o tempo se esvai e as decisões válidas ficam cada vez mais distantes.
O mais lamentável  é que o balanço dos resultados é implacável!
 ______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

30 de jul. de 2012

TUDO O QUE SOBE...

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 30/07/2012, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.



ABRAHAM SHAPIRO


Por mais que se faça para melhorar serviços e atendimento, sempre há e haverá o que fazer. Não acaba nunca. A única coisa a evitar é que piorem, pois isto enfraquece a marca, diminui vendas e abre espaço para a concorrência.
Há negócios, no entanto, que parece não entenderem essa teoria simples. Olhe, por exemplo, quanto tempo se perde em aviões explicando a funcionalidade dos assentos flutuantes. Eu gostaria de ter acesso a estatísticas de quantas aterrissagens forçadas na água foram feitas até hoje que justifiquem essa repetição absurda a que ninguém dá atenção alguma. Por que não investem na padronização do atendimento em terra? Estes serviços se degeneram a cada dia.  Refiro-me ao acesso dos passageiros do saguão até a aeronave, à emissão de cartões de embarque e outras situações permanentemente embaraçosas ao usuário.
Outro caso ocorre com hambúrgueres. Dia desses, uma pessoa me contou que ouviu uma senhora perguntar à atendente de uma das maiores redes de fast food do mundo, num shopping de Londrina, Paraná, quanto tempo levaria para um determinado sanduíche ficar pronto. Tudo bem que o fato ocorreu numa tarde de férias, em que o espaço era um dos mais concorridos do shopping. A atendente respondeu: “De 30 a 40 minutos, no mínimo”. Esta rede, no passado, chegou a premiar com sanduíche de graça os casos de espera superiores a 5 minutos. Hoje, segundo eu soube, as batatinhas fritas não são mais crocantes, vêm encharcadas de óleo e o atendimento geral virou um exemplo deplorável. O que era doce acabou!
Serão estes os suspiros de morte de negócios que muitos reputam como inquebráveis.
Bem, um dia pensou-se o mesmo do Titanic. E um iceberg o afundou. O que ninguém sabe é que aquele iceberg assassino formou-se com os problemas e reclamações de clientes jogados debaixo do tapete da empresa que o construiu. Foram tantas situações desprezadas e não resolvidas, que acabaram virando a montanha que derrubou a obra inabalável daquela companhia. Foi tudo para o fundo do mar!
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

29 de jul. de 2012

QUE TAL GANHAR NA LOTERIA?



A filha de Mohan Srivastava tem apenas oito anos, mas já sabe como apontar bilhetes de loteria vencedores em 90 por cento das vezes. Ela não é uma profetisa, nem um gênio – é um truque que aprendeu com seu pai, um estatístico, que, como profissão, procura padrões ocultos entre números aparentemente aleatórios.
Mohan é um detetive, um cão de caça estatístico que mora em Toronto, Canadá, e faz consultoria para algumas empresas mineradoras de ouro. Seu trabalho consiste em analisar dados a partir de amostras de rocha para ajudar a decidir se vale a pena cavar uma mina ali. As rochas não revelam seus segredos com muita facilidade. Um estatístico geológico precisa conhecer os diferentes tipos de rochas, as forças que agem sobre elas, e como os metais naquelas rochas reagem àquelas forças.
Minerar bilhetes de loteria em busca de dinheiro funciona da mesma maneira, como ele descobriu certo dia meio que por acaso. Alguém tinha dado a ele dois cartões para raspar em busca de prêmios; o primeiro nada tinha e o segundo era premiado. Aquilo o deixou intrigado: o que fez daquele segundo cartão um vencedor?
Para entender o código você tem de entender o cartão. Talvez fosse experiência, talvez fosse sorte, ou talvez uma combinação das duas, ou até mesmo alguma outra coisa. Mas a ideia caiu de repente em sua mente enquanto ele caminhava pelo posto de gasolina onde tinha recebido seus 3 dólares pelo bilhete premiado.
 “Aquele jogo não pode ser aleatório,” pensou Mohan. A empresa da loteria apenas faz parecer desse jeito para deixar o comprador esperançoso. Deve haver algum algoritmo, algumas regras lógicas estabelecidas por computador, que faz pender a probabilidade em favor da loteria, enquanto tenta o cliente com uma chance aparentemente boa de ganhar. Neste caso, alguma coisa sobre os próprios números deveria revelar aquele código oculto.”
Com certeza, fazia mesmo. Para entender o código você tem de entender o cartão. No lado direito há uma relação de números de dois dígitos entre 01 e 30, arranjados em quadradinhos de 3x3. A maioria dos números aparece no cartão duas ou três vezes. Alguns poucos números aparecem apenas uma vez. No lado esquerdo do cartão está a superficio de latex com “seus números” por baixo. Se três dos “seus números” aparecerem em sequência em qualquer um dos cartões, você ganha.
O truque é este. A empresa da loteria assegura que dos muitos números escondidos no lado esquerdo, somente uns poucos combinam com os números revelados no lado direito. E aqueles que combinam aparecem apenas uma vez. A questão aqui é que se você encontrar na loja um cartão com três “combinados” em seguida, você pode ter quase certeza de que é premiado.
Em junho de 2003, a Ontario Lottery Corporation ignorou os telefonemas e e-mails de Srivastava alegando que ele tinha encontrado uma falha no jogo. O que eles não ignoraram, porém, foi o pacote de bilhetes não raspados que ele enviou pelo correio ao Diretor da empresa, juntamente com sua alegação de que 90% deveriam ser premiados. Eles foram, e o jogo foi retirado das prateleiras no dia seguinte.
O jogo pode ter acabado, mas o algoritmo não. Há centenas de variações desse jogo no Canadá, nos Estados Unidos e em muitos lugares do mundo, e podem todos ser manuseados da mesma maneira – alguns com 60% de precisão, outros com 70, 80, 90 ou mais.
Mohan acredita que ele não é o único que desvendou o código. Por exemplo, há muitos multimilionários que conseguiram ganhar não em um jogo grande, mas em centenas de jogos pequenos. Seu padrão de vencedores é exatamente aquele se esperaria de um jogo “explorado” onde o algoritmo foi decodificado.

27 de jul. de 2012

O CAMINHO DO MEIO EM LIDERANÇA



ABRAHAM SHAPIRO


A liderança é um papel compartilhado com pessoas que não são líderes titulares. Reis têm regentes sussurrando em seus ouvidos. Presidentes têm conselheiros. Diretores e gestores de empresas têm consultores.
O objetivo atual da consultoria é um alto desafio para todos os consultores: ajudar a moldar comportamentos. Isto faz da função de consultor algo muito difícil de ser desempenhado.
Sucesso empresarial não é mais medido apenas por um balanço econômico-financeiro. Há diretores produzindo elevados valores palpáveis para suas empresas, mas reprovados pelo seu próprio staff. As consequências são sérias. Eles não conseguem “fidelizar” seu pessoal. Os principais funcionários dormem e acordam sonhando com uma colocação em outra empresa, pois detestam ou não se adaptam aos padrões de personalidade do chefe – que confunde agressividade nos negócios com agressividade às pessoas e outras grosserias mais, por exemplo.
Há também aqueles gestores que geram excelentes valores emocionais e a confiança de seus subordinados, porém, não sabem fazê-los produzir valores em volume de vendas, qualidade e produtividade.
Em ambas as situações, o papel do consultor é fundamental para detectar barreiras ou fraquezas e auxiliar o gestor a suplantá-las em direção ao caminho do meio.
Muitos dos desafios que eu pessoalmente vivi neste trabalho de auxiliar gestores a encontrar o equilíbrio em benefício de suas organizações geraram os principais temas de meu livro “Torta de Chocolate Não Mata a Fome”. Nele eu narro situações básicas e fáceis de ser entendidas pelo leitor e aplicadas na prática. As lições respeitam uma sequência lógica e inspiradora.  Pessoas de todos os patamares da hierarquia de empresas têm dado depoimentos positivos do nosso livro tanto quando o aplicam em suas vidas como ao utilizarem junto de suas equipes.
Procure na sua livraria ou adquira pela Internet: Torta de Chocolate Não Mata a Fome. Você também tem a sua chance de colher ótimos frutos e de conhecer o nosso trabalho.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

26 de jul. de 2012

NÃO OS MAIS FORTES, MAS OS QUE SE ADAPTAM



ABRAHAM SHAPIRO


Uma das obrigatoriedades do momento atual é que as empresas se adaptem ao surgimento de uma nova classe C no país. O valor de qualquer organização – e também de seus produtos e serviços – depende de sua adaptar a esta nova classe econômica.
Estamos falando de um novo mercado, formado por milhões de brasileiros. Sua grandeza? Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas diz que a proporção de miseráveis nas seis maiores regiões metropolitanas do país caiu de 35% para 25%, de abril de 2002 a abril de 2008. De lá para cá, isso mudou um pouco mais. Hoje, a classe média, que era 44% da população em 2002, chegou a 52%.
Segundo a FGV, os ganhos de renda dessa nova classe média são mais sólidos que em outros surtos de crescimento econômico no país, o que mostra que as oportunidades para empresas dispostas a explorar esse novo mercado podem ser duradouras. 
Olhando para isto, a multinacional de alimentos Nestlé  implantou um programa próprio para o atendimento às classes de baixa renda. Um dos motivos de sucesso da empresa foi a contratação do Instituto Fernand Braudel para desenvolver uma pesquisa de mercado que permitiu entender os hábitos de consumo dos menos favorecidos. A pesquisadora responsável pelo levantamento doi uma jovem de 22 anos, moradora em Capão Redondo, São Paulo.  Sendo popular e próxima dos moradores, ele deu as dicas ao Instituto daquilo que se transformou num grande projeto da multinacional.
A moça acabou contratada pela Nestlé, passando por várias áreas da companhia até desenvolver formas de alavancar as vendas e o marketing, em uma área estratégica conhecida como "Channel Category Sales Development".
A Nestlé se deu conta de que precisava de uma inteligência a mais para "fisgar" um mercado diferenciado e em expansão. Por meio desse estudo, tirou lições importantes:
1.       O consumidor mais pobre evita fazer compras diariamente, para não ter de gastar 40% do salário com condução até o supermercado.  
2.       Não dá muita importância para embalagens, mas valoriza a qualidade e a marca.
3.       Como gasta boa parte do dia indo para o trabalho ou voltando para casa, é natural que se alimente enquanto está em trânsito.
O resultado desse estudo foi o lançamento de toda uma linha de produtos em versões diferenciadas dentro de um sistema de venda direta aos consumidores.
Microdistribuidora da comunidade para
venda de Produtos Nestlé
O projeto, chamado “Nestlé Até Você” começou em 2006 na cidade de São Paulo, criando microdistribuidores em bairros carentes e recrutando mulheres das próprias comunidades para trabalhar com a venda de produtos Nestlé. Além de aumentar as rendas familiares destas regiões, o sistema leva a qualidade Nestlé de porta em porta.
Cada vendedora visita algumas vezes por semana o mesmo grupo de famílias. Também faz vendas avulsas nas ruas. Alguns dos produtos oferecidos nos carrinhos receberam versões criadas especialmente para este público, como leite em pó e café solúvel, vendidos em embalagens do tipo sachê, menores e mais baratas. A empresa desenvolveu também versões reduzidas de alguns de seus chocolates.
Para atender à chamada base da pirâmide, a Nestlé investiu no ano passado R$ 100 milhões na criação de uma fábrica em Feira de Santana, BA, a fim de vender produtos mais baratos no Norte e no Nordeste.
Hoje, a Nestlé tem mais uma iniciativa inédita: o primeiro supermercado flutuante para atender as populações ribeirinhas da Amazônia.
Barco "Nestlé Até Você a Bordo" 
Batizado de “Nestlé Até Você a Bordo”, o barco sai do porto de Belém e percorre 18 municípios que compõem a região da Ilha de Marajó até a cidade de Almeirim, na região do Baixo Amazonas. A embarcação permanece um dia em cada cidade. Trata-se de um serviço à população da Amazônia que tem os rios como ruas e avenidas.
A ideia é buscar o cliente onde ele está.
O barco oferece mais de 300 produtos Nestlé e uma estrutura completa com equipe de vendas, estoque e gerência de operação. Mais do que um supermercado flutuante, a Nestlé desenvolve um canal de incentivo à Nutrição, Saúde e Bem-Estar a comunidades remotas da Região Norte.
Para que seja reconhecido durante o trajeto, o Supermercado Flutuante tem a identidade visual da Nestlé e conta com acesso para pessoas com necessidades especiais e idosos. Onze pessoas, entre funcionários do supermercado e tripulantes, trabalham diretamente no barco de 27,5 metros de comprimento, que conta com três áreas de estoque, além do espaço da loja de 100 m².
A lição é clara. Sobrevivência não é algo reservado aos mais fortes, mas aos que se adaptam. A Nestlé é um grande e excelente exemplo.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

25 de jul. de 2012

PALAVRAS, MODISMOS E LOUCURAS



ABRAHAM SHAPIRO


“Ideias de ponta”. Coisas que viram manias na sociedade de tempo em tempo. O mundo corporativo também tem as suas. Difícil é entender como ou por que as pessoas se apegam a modismos de modo tão inquestionável e irracional.
A palavra de ordem do momento é: inovar.
Chegou-me a notícia de uma empresa que, em busca frenética por inovações, concedeu três horas livres diárias aos funcionários para pesquisarem na Internet e trazer propostas de novos projetos. Seis meses se passaram, e nada aconteceu. O pessoal só brincava de computador. Ninguém levou o objetivo a sério. Parece ter sido difícil para aqueles empregados – tanto quanto seria para mim – acreditar num patrão pirado que confia em histórias de revista. Agora ele é um “quase falido”.
Você talvez tenha ouvido falar no Teorema dos Macacos. Esse teorema matemático diz que se você puser um macaco digitando aleatoriamente em um teclado por um intervalo de tempo infinito, ele certamente irá acabar criando uma obra prima, como “Crime e Castigo”, de Dostoiévsky, por exemplo.
Absurdo? Mas a atitude daquele empresário tolo não difere muito do que reza o Teorema dos Macacos. Ele acreditou que bastava dar tempo suficiente para os empregados experimentarem e desenvolver novas ideias que eles acabariam encontrando a próxima grande inovação.
Não é assim que as coisas acontecem. Se você lê uma história da 3M ou da Microsoft numa coluna de revista, reproduzi-la não é tão simplório assim.
Inspirar-se através da leitura é sempre bom e recomendável. Mas daí a pensar que a estratégia da empresa X ou Y irá funcionar na sua organização é optar deliberadamente por enganar a si próprio. E se alguém chegou a este nível, é um dever questioná-lo se existe alguma vantagem em enganar um tonto.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

24 de jul. de 2012

O DESEMPENHO E A CAPACITAÇÃO DOS GESTORES



ABRAHAM SHAPIRO
23% das crianças no ensino fundamental brasileiro estão atrasadas na escola. Essa estatística despertou estudiosos a avaliarem a situação. Após testes realizados com base científica, descobriram algo intrigante. A capacitação do professor tem uma influência direta sobre a redução deste alarmante número.
Traduzindo: se o aluno vai mal, uma das causas – eu disse “uma das causas”  e não “a causa” –  é o despreparo do professor.
Respeitadas as proporções, algo similar ocorre dentro das empresas. A capacitação do gestor é preponderante sobre o desempenho do grupo sobre o qual atua.
Assim como a aptidão do mestre em apoiar e conduzir exibe-se em motivação, aproveitamento, aprendizagem e outros benefícios ao potencial dos alunos, o gestor faz o mesmo.
Há alguns meses conheci o gerente de marketing de uma empresa. Eu não me conformei com o fato de o sujeito sequer conhecer o mais básico dos livros de Phillip Kottler. O que explicava seu salário – um dos mais altos da região – não era outra coisa senão protecionismo de algum diretor.
Sua equipe tinha talentos de valor. Todos, porém, encobertos pelo incompetente gerente.
Recomendei à direção que o avaliasse.  Ele foi reprovado. Após a contratação de outro gestor – este experiente e capaz – sua equipe brilhou vertigionsamente. O resultado foi atestado principalmente pelo pessoal de vendas, que mais se ressentia pela falta de atitude do antigo marketing.
Apenas lembrando, um dos papeis do RH é oferecer meios práticos à organização para avaliar o desempenho dos funcionários. Em situações como esta, ou o RH não tem disposição para a prospecção de um gestor mais competente, ou – na falta de mão de obra disponível – vai tolerando o atual a despeito de resultados pífios.
“Ruim com ele, pior sem ele” é um adágio que reflete a atitude de gente de péssima qualidade profissional. Se você tolera isto, talvez mereça mesmo patinar em vez de progredir nos seus negócios.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

23 de jul. de 2012

VISÃO: NECESSIDADE INFINITA

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 23/07/2012, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.





ABRAHAM SHAPIRO
Sabe qual é a diferença entre o Bill Gates e eu? Você disse: “Alguns milhões de dólares”? Não só, mas principalmente “visão”. Ele vê melhor e mais longe do que eu!
Quantas pessoas tiveram mais conhecimento que Steve Jobs e não alcançaram sequer a centésima parte do sucesso deste que foi um ícone da história da tecnologia.
Sim! Visão é o diferencial. Capacidade de enxergar e processar possibilidades invisíveis a olhos e mentes comuns. E depois? Agir de acordo com isto.
Faça uma experiência. Coloque um galão de 20 litros de petróleo sobre a mesa e pergunte a quatro pessoas o que veem.
A primeira dirá: “Isto é petróleo, fonte de energia”.
A segunda: “Deste petróleo é possível extrair gasolina e diesel para movimentar automóveis e caminhões”.
A terceira poderá dizer: “Não é só uma fonte de energia, mas matéria-prima para resinas, solventes e inúmeras substâncias e materiais”.
A quarta diz: “Com o carbono livre contido neste petróleo pode-se provocar reações atômicas importantes e obter um potencial energético muito maior ao de todos os combustíveis presentes em sua composição”.
Pessoas diferentes, visões diferentes. Umas superficiais, outras profundas.
Isso também se encontra entre posições hierárquicas das empresas. Um gerente pode até ter mais informações que os demais colegas ou subordinados. Mas ele jamais será um ótimo gestor se não tiver visão mais ampla e abrangente.
Um diretor terá somente status diferenciado se não tiver visão maior do que todos os demais gestores. Isto, aliás, é o defeito mais corriqueiro das empresas familiares, onde herdeiros sem nenhuma aptidão “ganham” posição no topo da hierarquia e se transformam num evento cômico, quando não trágico.
O que as empresas e as pessoas mais carecem para se desenvolver e inovar? Visão. 


Guarde isto: “Se os líderes da sua empresa não têm visão, apronte-se para a revisão de tudo o que eles fazem”.  
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

20 de jul. de 2012

CONHECER O CONSUMIDOR: QUESTÃO DEFINITIVA

Ouça esta postagem. Basta clicar aqui

ABRAHAM SHAPIRO


É inquestionável a necessidade de você conhecer os seus consumidores. E será um engano pensar que é suficiente ter os dados cadastrais deles. Não é do conhecimento de fichas e questionários que estou falando. É preciso saber sobre seus hábitos de consumo, o grau e as razões de fidelidade à sua marca, se eles compram dos concorrentes e por que compram.
Negligenciar estes pontos é prejuízo ao seu empreendimento, vez que são fundamentais para a construção de qualquer estratégia eficaz para manter e conquistar potenciais novos compradores.
Não subestime as estatísticas. Elas podem revelar novos consumidores, suas expectativas e outras informações.
Leia. Informe-se! Acesse meios eficientes de saber as razões de quem está comprando. Há inúmeros estudos, livros e notícias que podem somar valor ao seu negócio. Podem também despertar visões importantes que ajudarão nas estratégias ainda não pensadas.
Relacione-se com o seu consumidor.  Torne esta relação próxima. Responda às suas dúvidas e queixas. Trate-o com respeito e solucione seus problemas.
Você faz propaganda? Ótimo. É importante. No entanto, mesmo bem dirigida ou focada sobre o seu público,  nenhuma propaganda supera a comunicação direta com o cliente. Mas você deverá respeitar regras de etiqueta e boa educação nesse tipo de abordagem. Do contrário, ela causará o efeito oposto. É só observar o que as pessoas fazem com a enxurrada de e-mails de anúncios que recebem diariamente.
Faça o cliente conhecer os seus produtos e serviços, sim. Todo investimento nisto é útil e funciona! Mas lembre-se de conhecer o cliente, ok? O máximo possível.
Ligue-se nesta regra maravilhosa: atenda o seu consumidor com a mesma vontade com que você o fez no princípio, já que fidelização só se consegue com esforço frequente e inovação sequente em atendimento de excelência.
E lembre-se: “Há certas coisas que são impossíveis saber. A primeira delas é quais são essas coisas”.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

19 de jul. de 2012

TEORIA E PRÁTICA, PRÁTICA E TEORIA

Ouça esta postagem. Basta clicar aqui



ABRAHAM SHAPIRO
Li uma frase esta semana: “Teoria é quando você sabe tudo, mas não pratica nada. Prática é quando você faz tudo, mas não sabe por quê. Na minha empresa combinam teoria e prática: ninguém faz nada, e não se sabe a razão”.
Este pensamento é mais trágico que engraçado, especialmente por ser verdade em muitos lugares. Não foi dito por um empresário, mas por um empregado. E isto me faz ter certeza de que as coisas não vão nada bem onde adotam esta conduta.
Imagine quantos empregados recebem salário, benefícios e outras regalias sem nada produzirem ou apenas fingir que desempenham funções!
Isto é real e explica a penúria por que muitas empresas passam num tempo em que há clientes, há mercado, mas elas não conseguem produtividade e nem boas vendas.  
Uma das causas mais comuns e frequentes disso é a falta de treinamento sobre os objetivos de cada função.
Os recém-contratados são levados para um tour pela empresa durante sua integração, porém, nada lhes informam sobre seus objetivos, sobre os resultados que se esperam deles e sobre como deverão atuar para terem sucesso. Cada um aprende observando o outro, o que resulta na propagação de erros e vícios. Ao final, o que se consegue é uma somatória astronômica de falhas. Não há qualidade, não há produtividade.
Muitos RH´s quase sempre nada sabem sobre a prática das várias funções da empresa. Alguns têm em mãos boas descrições teóricas, mas não sabem implantá-las. E para agravar, as empresas contratam recém-formados ou gente inexperiente,  confiando a eles a administração de seu maior e hoje mais escasso recurso: as pessoas. Cegos conduzindo cegos.
Pense e repense o seu RH!
Se a sua empresa ainda não tem um RH bem definido, esforce-se para criá-lo. Mas faça certo. Contrate profissionais que lhe instruam, porque na maioria das vezes, problemas complexos têm soluções simples, fáceis de entender e ... erradas.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

18 de jul. de 2012

QUANTO É 1 + 1 ?

Quer ouvir esta locução? CLIQUE AQUI E OUÇA

ABRAHAM SHAPIRO


Quanto é 1 + 1? As pessoas prudentes responderão com outra pergunta. Elas quererão saber do que estamos falando. 
Outras dirão:
- “Mas 1 + 1 é 2... simples assim!”
- “Nem sempre! Um litro de álcool mais um litro de água, formam uma mistura cujo volume final é menor que 2 litros”.
O meu rabino costumava dizer que 1 + 1, se D-us quiser, é igual a dois. Isto professa a crença em infinitas possibilidades nas situações em que a maioria das pessoas enxerga uma resposta única. Acontece que a vida não é tão precisa quanto a aritmética. E as empresas também não são.
Em assuntos organizacionais existe a forte tendência de se crer numa só resposta correta para cada questão. Mas eu afirmo com segurança plena que raramente há apenas uma resposta verdadeira, mesmo em eventos simples ou óbvios.
A vida e os negócios exigem exercício severo para se superar a convicção que o sistema  educacional nos impôs de que as respostas são certas ou erradas, em vez de melhores ou piores.
Vivemos achando que as nossas decisões têm de ser perfeitas! Será? Por que razão somos assim?  Medo do inferno? Temor de que todos descubram que não somos tão “bons” quanto desejamos que pensem?
Talvez esta seja a resposta à clássica pergunta que os empresários fazem sobre  o porquê de suas decisões não serem cumpridas por seus subordinados. As empresas, em geral, empregam um estilo de tomada de decisão de cima para baixo, proporcionando um leque muito estreito de alternativas, já que são geradas pelas ideias de alguns poucos, ou somente do patrão. Os subordinados farão o possível para que nada funcione.
Discuta ideias.  Todos podem ter respostas boas.  Mudança de cultura pode começar assim. Além do mais,  se você já é capaz de distinguir entre uma boa e uma má ideia, talvez é chegada a hora em que você mesmo já não precise tanto de ideias.
 ______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

17 de jul. de 2012

SALÁRIO. "BRINCADEIRA? FOI VOCÊ QUEM COMEÇOU!"

Que tal OUVIR esta postagem? Clique aqui e ouça



ABRAHAM SHAPIRO
Um bem sucedido empresário de S. Paulo entrevistava candidatos a uma posição de engenharia para sua empresa. Ao final de uma entrevista, ele pergunta ao jovem engenheiro recém-formado numa das melhores universidades do país:
- "E qual é a sua pretensão salarial?”
O engenheiro diz:
- "Algo em torno de 15 mil reais ao mês, dependendo do pacote de benefícios".
O empresário então lhe diz:
- "O que você diria de um pacote de benefícios com cinco semanas de férias, plano de saúde e odontológico completos, fundo de aposentadoria integral correspondente a 50% do salário, carro por conta da empresa e renovado a cada dois anos?”
O engenheiro moveu-se na cadeira, surpreso, e declarou:
- "O senhor deve estar brincando".
E o empresário:
- "Sim, estou. Mas foi você quem começou!”
Há pouco tempo acompanhei a contratação de um gerente de vendas numa empresa. O fulano fez uma apresentação sobre o que pretendia realizar para elevar os negócios até um patamar bem superior ao que já se vendia até então. O empresário ouviu tudo com atenção, deixou-se seduzir e contratou-o. O tempo passou e o sujeito ficou só no papo encantador. Até agora não mostrou objetividade e nem trabalho real! Os custos e  o salário - alto, diga-se -, são mensalmente depositados pela empresa na conta do executivo.  E ele o que  faz? Atira para todos os lados. Tem fé de que hora dessas as vendas acontecerão. Mas não vão, qualquer um sabe! Porque não se trata de fé, mas de atitude planejada e movida por razões claras e precisas. Sorte, bla bla bla  motivacional e contos da carochinha não levam ninguém a lugar algum. Especialmente em negócios!
Mas vamos ao ponto central deste comentário. Um tema perigoso e complicado da gestão de pessoas é o salário. Como remunerar um profissional? Do modo mais sábio e inteligente possível. Nunca abaixo do quanto ele é capaz de fazer – desde que faça –, e jamais conforme o que ele pensa merecer, pois, em se tratando de méritos, o homem sonha com futebol e acorda crendo ser melhor do que o rei Pelé!
Muita gente vende ilusão. Isso talvez não seja mau! Triste, no entanto, é ver os que compram. 
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

16 de jul. de 2012

SINAIS DO RECONHECIMENTO

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 16/07/2012, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.

Prefere ouvir esta postagem? Clique aqui e ouça

ABRAHAM SHAPIRO













Perguntei ao funcionário de uma loja, após ter-me dito que suas vendas melhoraram muito este mês, se a proprietária havia reconhecido seus resultados. Ele respondeu: “E qual seria a reação dela se tivesse reconhecido?”
É preciso dizer mais alguma coisa?
Aquele funcionário e todos seus colegas nunca receberam um elogio. Eu conheço a patroa. Apesar de boazinha, dócil e sorridente –  ao melhor padrão das religiões que pregam estes sinais como santidade –  ela é incapaz de reconhecer um ato de qualquer pessoa. E mais, ela nunca se capacitou para ter um negócio. O pior é que ela pensa saber lidar com pessoas. A incompetência ali é tamanha que quando sua empresa consegue alcançar resultados positivos, é mero acaso.
O que é reconhecimento? É gratidão. É recompensa. É uma palavra elogiosa. É um ato de saudação por uma atitude certa.
Além do contrato trabalhista entre o empregador e o funcionário, existe também um contrato psicológico não expresso. O primeiro busca garantias para a empresa de que terá resultados. O segundo alimenta a esperança do funcionário de que terá reconhecimento.
Para o colaborador, além de vantagens concretas – como dinheiro –, há ganhos em prestígio que podem se tornar decisivos ao seu desempenho, às suas promoções e ao seu autodesenvolvimento.
Pergunte a três gestores se eles consideram importante reconhecer o valor criado por sua equipe. Você ouvirá os três respondendo afirmativamente. Coloque, em seguida, essas afirmações à prova e você descobrirá o imenso descompasso entre palavras e ações. Inclua aí a dona daquela loja.
E tem mais uma observação. Reconhecer alguém uma ou duas vezes por ano, de nada adianta. Segundo pesquisa da norteamericana Gallup Organization,  de Washington,  a motivação e o engajamento dos funcionários são bastante afetados pela freqüência com que são reconhecidos por seu trabalho.
Logo, um gestor que só valoriza números, nem números terá. Sabe por quê? Ele e todos os outros do planeta dependem de pessoas. 
______________________ 

Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

13 de jul. de 2012

FAÇA MAIS DO QUE SER PROFISSIONAL

Prefere ouvir esta postagem? Clique aqui e ouça

ABRAHAM SHAPIRO


O sujeito  tinha só um braço, e senta-se na cadeira daquela velha barbearia.
- Barba e cabelo! – ele ordena.
Assim que começa o trabalho, o barbeiro faz-lhe um corte no rosto, depois outro no queixo e mais um pequeno no pescoço. Ao alinhar o bigode, espeta-lhe o nariz. Em seguida, começam as tesouradas na nuca e nas orelhas. Ao final do trabalho, o barbeiro pergunta:
- O senhor era meu freguês a muito tempo atrás, não era?
E o cliente responde:
- Não, senhor! Eu  perdi meu braço num acidente de automóvel!
O que é ser um bom profissional hoje em dia? Qualquer um responderá: “é saber fazer bem o que se propõe com a finalidade de obter sustento”.
Mas atualmente os profissionais lidam com um novo problema. Para cada profissional competente, existem muitos outros igualmente capazes, com formação e bagagem bem semelhantes.
O que é que dá destaque aos profissionais que mais se sobressaem?
A resposta é: criatividade. Os mais criativos são aqueles que aparecem mais, melhor e  conseguem resultados diferentes.
Oscar Wilde, o pensador inglês, disse: “A maioria das pessoas é outra pessoa. Seus pensamentos são as opiniões de outra pessoa. Suas vidas, uma mímica. Suas paixões, uma citação".
Portanto, antes de sair por aí armazenando títulos, o correto é trabalhar intensamente para desenvolver a sua criatividade –  sair do raciocínio bitolado e viciado da manada que você e quase todo mundo acompanha inconscientemente.
Finalmente, faça o seu marketing pessoal.
Ser bom em alguma coisa não é tudo. Falta fazer as pessoas saberem disso. Como? Forme vínculos verdadeiros e duradouros com elas. Os “amores de verão” dos contatos fortuitos e sem significado não darão a elas mais do que simples e esparsas lembranças de você.
O bom profissional? Ele é bom no que faz, é criativo e se comunica... Ah! E ainda consegue ser humilde.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

12 de jul. de 2012

QUALIDADE É O MELHOR POSSÍVEL

Prefere ouvir esta postagem? Clique aqui

ABRAHAM SHAPIRO


Durante a Revolução Francesa milhares de pessoas foram guilhotinadas. Um dia, três homens estão esperando sua execução: um advogado, um médico e um engenheiro.
O advogado será executado primeiro. Ele é levado à guilhotina, o padre o abençoa, e ele coloca o pescoço no cadafalso. O carrasco solta a lâmina que cai e para na metade do percurso. Aproveitando a oportunidade, o padre reage imediatamente:
- Senhores, Deus não quis que este homem morresse. Temos que libertá-lo.
O carrasco concorda e o advogado é solto.
O médico é o segundo. Mesmo ritual. Quando a lâmina é solta, novamente para na metade do percurso. Mais do que depressa, o padre pede para libertá-lo, e o carrasco também o atende.
Enfim, é a vez do engenheiro. O padre o abençoa, porém, o engenheiro, ao colocar a cabeça no cadafalso, dá uma olhada para cima e diz:
- Ah, sim! Ali está o problema. O trilho da lâmina está emperrado!
Ser profissional fanático demais só não é pior do que ser um profissional relaxado. O mesmo se dá com as empresas. Todo mundo sabe que perfeição não existe.  Mas vender lebre e entregar gato é caso de polícia, concorda?
Eu indiquei a um cliente que comprasse os produtos de uma indústria de quem ouvira boas coisas, porém não conhecia bem. Dei-me mal. Tratava-se de uma mesa de reuniões aparentemente muito bonita. Mas depois de instalada,  os pés eram tão largos que anulavam quatro espaços de quem se sentava, as caixas elétricas instaladas sobre o tampo tinham apenas quatro tomadas e não permitiam o encaixe de “tês” para a multiplicação de acessos.
Eu não sabia o que fazer, afinal eu indicara o fornecedor ao meu cliente!
A lição? Verifique antes de indicar. Alguém disse que é preciso ver para crer. Eu vou mais longe: após ver, não creia, ainda. Confira. Não é porque as rosas cheiram melhor do que as ervilhas que elas dão uma sopa melhor.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

11 de jul. de 2012

O PREÇO DO QUE É BOM

Prefere ouvir esta postagem? Clique aqui

ABRAHAM SHAPIRO


Alerta máximo em tempo de queda nas vendas: só vendedores que não conhecem o produto que vendem querem igualar seu preço ao da concorrência. Não importa se o cliente trouxe um orçamento do “mercado de pulgas”.
Lembro-me da maior aula de vendas que tive. Foi quando reclamei do preço da comida de um ótimo restaurante a meu tio. Após ouvir-me, ele falou: “Vou lhe indicar um lugar onde você encontra comida por menos da metade do preço. É ali na cantina da Dona Maria.” 
Quando passei em frente à tal cantina,  o preço do restaurante tornou-se muito, mas muito barato à minha percepção. Era um lugar feio, desconfortável e duvidoso quanto à limpeza da cozinha.
Então entendi que no restaurante eu não pagava apenas pela comida, mas pelo prazer de comer em mesa coberta com uma linda toalha, pelo serviço de excelentes garçons,  pelos  talheres de prata, poltronas confortáveis e um salão com cortinas, ótima iluminação, música agradável e nada de odores de fritura.
O preço de um produto deve ser justificado ao cliente. Ele deseja saber por que se cobra o que está escrito na etiqueta. Ainda que o produto não seja lá muito melhor do que o da concorrência,  o cliente quer a verdade daquilo que irá comprar.
Uma apresentação se faz com expressões atraentes, sim. Com boas palavras, sim. Mas acima de tudo, com elementos reais, comprováveis e concretos. Nada de ilusionismo.
O meu cabeleireiro é um grande profissional. Seu preço é o mais alto da cidade. Mas se eu for ao seo Onofre, da velha barbearia, e disser que eu não me incomodo em ficar em pé enquanto ele corta meus cabelos, tenho certeza que terei achado o preço mais barato possível. Mas será ótimo que eu não tenha um espelho em casa.
Pois é. O que é bom, vale!
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

10 de jul. de 2012

CANSEI-ME DOS PROCESSOS SELETIVOS

Prefere ouvir esta postagem? Clique aqui

ABRAHAM SHAPIRO


Durante a visita a um hospital psiquiátrico, o visitante perguntou ao diretor:
- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser internado aqui?
O diretor respondeu:
- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo, um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com o modo que ele opte realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.
- “Ah! Entendi!”, - disse o visitante. “Uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.”
- “Não!”, - respondeu o diretor – “Uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?”
Talvez eu não fosse tão radical quanto o diretor deste hospital. Mas a verdade é que eu me cansei das entrevistas com candidatos a vagas de emprego. Errei muito na seleção de pessoas por conta daquilo que é repetido inúmeras vezes pelo Dr House, o médico do seriado americano de televisão: “Todo mundo mente”. E eu acrescento: “Em especial em processos seletivos”.
O candidato é sempre bonzinho, competente, disposto a tudo, organizado e assíduo. Após assinar o contrato de trabalho, então ele mostra quem realmente é.
Por isso, eu mudei. Passei a adotar o Crivo do Desafio – algo parecido com o que fazem no hospital psiquiátrico da história que contei no início. Para cada área profissional, após o primeiro bate-papo, imponho uma tarefa desafiadora aos candidatos. Seu desempenho nessa etapa determina se continua ou não nas seguintes: perfil psicológico, competências pessoais e dinâmicas de relacionamento.
Um candidato à área de vendas tem que vender. Um  designer, desenvolver uma arte. Assim, eu vejo de cara o que ele faz.  Só depois, quem ele é.
A vida e o trabalho têm muito mais opções do que se imagina! Não se esqueça disso. Portanto, não sofra. Mude, e seja mais feliz!
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

9 de jul. de 2012

MARKETING E VIDA

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 09/07/2012, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.

ABRAHAM SHAPIRO


Pequenas e médias empresas nem sempre pecam por não ter uma área de marketing devidamente constituída e com atribuições definidas. Muitas vezes até têm. Mas não sabem o que fazer com ela.
O gerente, coordenador e toda a equipe de marketing acabam se transformando, de fato, em um departamento de festas e brindes, quando não apenas em um grupo de desenhistas. Falta direcionamento. E essa falta transforma o marketing numa área de atendimento de demandas ao invés de exercer papel estratégico com poder real de reduzir ou facilitar o esforço da venda.
Num tempo em que os meios para chegar até o consumidor são inúmeros, e alguns até de custo relativamente baixo, nunca foi tão difícil levar uma informação ao consumidor de forma objetiva e eficaz,  que resulte em mais vendas.  Aquela velha, porém atual função primordial do marketing –  conquistar e preservar clientes – ainda não faz efeito nas pequenas e médias empresas devido à miopia de seus dirigentes desinformados.
Um exemplo é a empresa não saber divulgar seus produtos e nem a sua marca.
Todos sabem que propaganda é o que atrai clientes.
Toda empresa tem que investir em propaganda para que o mercado saiba que ela existe. Acontece que muitos gestores desconsideram ou subestimam a verba de marketing na hora do planejamento ou das ações previstas para o período. E os gestores que nem sabem o que é planejamento? São muitos. Talvez a maioria.
Então, chega aquela hora em que a empresa está fisicamente pronta para receber dezenas de clientes, mas só aparecem alguns eventuais gatos pingados. Por quê? Nada ou pouco se investiu em propaganda.
O mundo inteiro diz que a propaganda é a alma do negócio. O que é alma? É o que dá vida ao ser. Logo, a empresa que não faz propaganda está agonizante. E tão certo quanto é a morte, ela vai morrer.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

6 de jul. de 2012

A RAZÃO PRINCIPAL PARA UM ACORDO SOCIETÁRIO

ABRAHAM SHAPIRO


A tentação do interesse pessoal é altíssima e nociva em qualquer empresa familiar. Por isso, a melhor atitude que um fundador ou os sócios bem ajustados da geração atual podem tomar em favor de seus sucessores numa empresa é vivenciar e transmitir a sabedoria e as vantagens da ação coletiva e unificada.
As circunstâncias nas quais o interesse pessoal de qualquer sócio prevalece são todas desastrosas. Sempre.
Eu vi empresa na qual um sócio usava recursos corporativos a seu bel prazer. Fazia longas viagens internacionais a passeio por conta de um ou dois dias de participação numa feira do setor. Descarregava despesas de moradia no caixa. Empregava escancaradamente cônjuge e outros agregados no quadro funcional. Coisa muito feia. E se algum dos demais sócios reagisse, corria o risco de iniciar uma guerra cujas armas eram os mais requintados repentes de agressão emocional e outros desgastes manipuladores por parte do aproveitador.
Um acordo de sócios pode não ser definitivo na promoção de condutas que resultem na perfeita gestão de um negócio familiar. Mas ajuda muito a conter impulsos exploratórios naturais. Até porque cooperação e ação unificada exigem regras claras. E o que está escrito e assinado tem poder.
Não é fácil produzir um acordo, do mesmo modo que nenhuma equipe de trabalho que funcione bem surgiu automaticamente. Boas ideias emergem de tensões saudáveis no interior dos grupos. É exatamente este o espírito que impera no desenvolvimento de um acordo societário inteligente e bem conduzido, já que a tendência ao benefício pessoal é o mal de toda empresa familiar.
E assim como tudo na vida depende de inspiração para chegar ao bom sucesso, aqui vai uma ideia com força de persuasão. “Irmãos conduzindo uma sociedade aproximam-se demais de serem como os cachorros de uma equipe de corrida de trenó: só o líder dos cães é que consegue apreciar a paisagem”.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

5 de jul. de 2012

O CONCEITO DE MERCADO

ABRAHAM SHAPIRO


Quando o Claudio chegou à cafeteria, eu e Beatriz conversávamos sobre seu trabalho. Pedi a ele permissão para apresentá-la como é meu hábito:
- Esta é a minha amiga Bia. Ela é a designer do folder da minha empresa, que lhe mostrei recentemente. Bia, este é o Claudio, proprietário deste café.
Eles se cumprimentaram e eu prossegui:
- A Bia e seu marido Bruno já são seus clientes, Claudio. Quando você necessitar do desenvolvimento de alguma arte para impressão, não hesite em contratá-la. Ela é competente e criativa. Você viu o nível do trabalho que ela me prestou.
O Claudio manifestou sua impressão:
- Muito prazer. Foi ótimo tê-la conhecido e visto um de seus trabalhos, Bia. Estou instalando a minha padaria e vou precisar desenvolver embalagens para os produtos que irão compor o novo mix.
Pronto. Estava potencializado mais um negócio entre dois profissionais que não se conheceriam se eu não tivesse a mania de fazer apresentações com um curto currículo das pessoas que conheço entre si.
Trocaram cartões. Ele pediu licença e se retirou. Então a Bia então comentou comigo:
- Uau! Valeu a pena ter vindo aqui, hoje, Shapiro. Nunca imaginei que fosse conseguir um bom cliente de modo tão rápido e fácil. Isto é relacionamento.
E eu completei:
-Não é só relacionamento, Bia. É mais que isso. Eu decidi dividir um benefício que antes era exclusivamente meu com duas outras pessoas: a amizade do Claudio e o seu talento de designer. E todos ganharam. Inclusive eu.
Imagine, querido leitor, um lugar onde todos se beneficiam mutuamente através da compra e da venda, com justiça, e sem agredir ou explorar indevidamente o meio ambiente. E para completar este cenário de sustentabilidade real: todos os envolvidos agindo com temor aos Céus. Que nome teria isto? Paraíso? Não. Na verdade, este seria o mais original e genuíno conceito de MERCADO.    
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

3 de jul. de 2012

ASSUMIR OU FUGIR?

Deseja ouvir esta postagem? Clique AQUI

ABRAHAM SHAPIRO


Nikita Krushev e Leonid Brejnev
Eu já conhecia a história. Fiquei surpreso ao encontrá-la numa das páginas de recente edição da revista Exame.
Diz a lenda que, prestes a assumir o comando do Partido Comunista Soviético, Leonid Brejnev recebeu três envelopes do seu antecessor, Nikita Kruschev, cuja recomendação foi que abrisse um deles a cada crise que viesse.
Um tempo depois, lá veio a primeira. Brejnev abriu o primeiro envelope, que continha a seguinte mensagem: “Bote a culpa em mim”.
Após alguns anos, veio mais um dissabor nacional. O segundo envelope foi rasgado, e ele dizia: “Bote a culpa em mim de novo.”
Não tardou a vir outra ameaça ao cargo de Brejnev, e uma vez mais ele teve de lançar mão da sapiência de Kruschev. E qual era a última mensagem? “Prepare três envelopes”.
Mesmo sendo uma atitude desprezível e baixa, pôr a culpa em outros não é nada vergonhoso para muitos políticos – acostumados à cara de pau.
A vida corporativa, por outro lado, requer ética. Só assim um gestor se torna líder.
Por isso, não se preocupe com quem você elogia. Mas cuide ardorosamente de sobre quem você irá atirar a sua culpa.
Você e eu podemos cair muitas vezes. Mas isto só será um fracasso quando  dissermos que outra pessoa nos empurrou. Quem erra e se justifica com desculpas, comete duplo erro. A raposa diz que foi a armadilha que a apanhou. Nunca que ela foi desatenta ou imprudente.
Desculpas são o recurso dos fracos. Não existe computador no mundo capaz de armazenar todas as desculpas que são dadas a cada instante.
E você? Vai assumir os seus próprios erros e superá-los, ou optará por fugir sem honra? Fará o que diz a mensagem do primeiro ou o segundo envelope?
Não faça isso! Eu espero, sinceramente, que o seu sucessor tenha razões bastantes para orgulhar-se de você, e muitos exemplos a seguir de cada uma das suas atitudes.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

2 de jul. de 2012

OS VALORES DE UMA ORGANIZAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 02/07/2012, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.

Deseja ouvir esta postagem? Clique aqui

ABRAHAM SHAPIRO
Aprendi muito cedo que os resultados das decisões pessoais de cada empregado se refletem não só na produtividade, mas em muitas outras métricas econômicas das empresas. Ao falar de decisões pessoais refiro-me a interesses pessoais, mais especificamente àquela questão diante da qual muitos se colocam várias vezes ao dia, e que se traduz em: “Até que ponto devo me esforçar por uma companhia que nada tem a ver comigo?”
Grave isto: os problemas empresariais aumentam à medida que cresce a frequência e o tamanho do interesse pessoal dos seus colaboradores.
Pare para analisar aquelas atitudes frequentes de funcionários, tipo: um dia de folga com desculpa de uma doença repentina, outro dia em casa justificado por relatórios ou planejamento, aquela esticadinha de meia hora após o almoço, o passo mais lento à tarde, o adiamento dos retornos telefônicos para o dia seguinte ou até as horas e horas de Internet nas redes sociais. O que lhe parece? Inofensivo? Na verdade, são sintomas de uma doença grave.
Mas o que importa é a causa. Estas empresas ou não têm princípios e valores, ou se os têm não conseguem transmiti-los aos funcionários. Como resultado, eles não buscam construir uma organização cujo todo seja maior do que a soma das partes.
A saída é empreender uma comunidade interna, isto é, trabalhar firme para que os funcionários internalizem os valores da organização e ajam orientados por eles. Suas metas de trabalho pessoais não devem estar apenas alinhadas com as metas da instituição. Elas devem ser as mesmas.
Determine os valores da sua empresa. Depois, viva-os juntamente dos demais gestores. Só então, inculque-os por meio de mensagens frequentes aos seus funcionários. Esta cola social fará mais por todos do que qualquer incentivo financeiro ou premiações. E faz sentido, pois tudo o que tem valor não tem preço.
______________________ 


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473